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Mercado financeiro hoje: tarifas de Trump derrubam bolsas e commodities; o que esperar do Ibovespa?

A agenda econômica desta quinta-feira (3) acompanha a repercussão mundial do novo tarifaço de Trump. Entre indicadores, o mercado monetário hoje traz os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) composto e de serviços do Brasil e dos Estados Unidos e a balança comercial americana.

Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros participam no Planalto de evento sobre entregas do governo nos dois primeiros anos de mandato. Depois, Lula se reúne com os ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO): Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão).

O Tesouro faz leilões de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).

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No exterior, há também discursos de dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano): o vice-presidente Philip Jefferson e a diretora Lisa Cook, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) divulga ata da última reunião de política monetária.

Mercado monetário hoje: impactos após novas tarifas de Trump

Medidas tarifárias impostas pelos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 10% sobre as importações do Brasil, válida a partir de sábado (5). Ele também apresentou tarifas para outros países: 34% para a China, 30% para a África do Sul, 24% para o Japão e 20% para a União Europeia.

Aço e alumínio, já punidos com taxa de 25%, não terão novas taxações. No entanto, os EUA eliminarão a isenção fiscal para China e Hong Kong, passando a taxar mercadorias chinesas abaixo de US$ 800 a partir de 2 de maio. Além disso, todos os carros produzidos fora dos EUA serão taxados em 25% a partir desta quinta-feira.

Como as bolsas internacionais reagem às tarifas hoje?

O clima é de forte pessimismo global após Trump anunciar uma tarifa geral mínima de 10% às importações dos EUA a partir de sábado. Nesta manhã, os futuros de Nova York desabavam mais de 3%, e as ações da Apple (AAPL34), que fabrica a maioria de seus iPhones na China, caíam 7%. O dólar hoje se enfraquece ante a maioria das moedas. Veja aqui como está a operação das bolsas europeias e asiáticas.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que, se países decidirem retaliar, haverá uma escalada nas taxações. O Fed de Richmond avalia que as sobretaxas podem causar “interrupções generalizadas” em setores-chave dos EUA. Já a diretora do Fed, Adriana Kugler, afirmou que “há fatores que podem levar tarifas a ter efeito prolongado na economia americana”.

A China, agora enfrentando um total de tarifas combinadas de 54%, anunciou que adotará contramedidas, assim como o Canadá. A União Europeia disse que está pronta para retaliar, mas prefere o diálogo, enquanto o Reino Unido busca um acordo.

Commodities: petróleo desaba e minério recua

O petróleo tem forte queda esta manhã, tendo alcançado perdas de mais de 4% após as tarifas de Donald Trump, que podem causar danos à economia global. No início da manhã, o barril do petróleo WTI para maio caía 3,56%, enquanto o do Brent para junho recuava 3,46%.

Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,32%, cotado a 788,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 108,48 nos mercados de Dalian, na China.

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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 3,37% no pré-mercado de Nova York. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) cediam 2,08% no mesmo horário.

Como fica o Ibovespa hoje diante das novas tarifas dos EUA?

O real pode se beneficiar do ambiente de tensão, já que o dólar se desvaloriza ante a maioria das divisas. Os juros tendem a recuar acompanhando os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), mas o Ibovespa hoje pode sofrer pressão devido à fuga do risco, com as commodities em queda e o sinal negativo vindo de Nova York.

Apesar do cenário externo adverso, o impacto no Brasil pode ser mais contido. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) do Brasil negociado em Nova York, caía 0,92% nesta manhã. Analistas avaliam que a tarifa de 10% imposta pelos EUA ao Brasil “ficou barata” para o país – veja aqui o que dizem os especialistas.

Na véspera, a Câmara aprovou o “PL da Reciprocidade”, projeto de lei que define critérios para que o Brasil possa reagir a medidas unilaterais de países ou blocos econômicos que afetem sua competitividade internacional. O texto segue agora para sanção do presidente Lula e pode repercutir no mercado monetário hoje.

* Com informações do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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