Não há ação de marketing que seja melhor do que a paixão brasileira na Copa de Clubes
Os clubes brasileiros que estão nos Estados Unidos para a disputa da Copa do Mundo têm feito esforços para tentar desenvolver suas marcas no mercado internacional. Não que essas atitudes estejam erradas, mas nada tem tanto impacto quanto o que estão fazendo as suas torcidas.
Basta dar uma olhada nas manchetes internacionais e nas redes sociais. Nenhum post das bases que os clubes montaram nas diferentes cidades vai repercutir tanto quanto as “invasões” das torcidas na Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York e do Mundo.
Nada vai ter um efeito melhor do que Pep Guardiola, um dos técnicos mais importantes do mundo, falando que a paixão dos sul-americanos é cativante.
Aqui nos Estados Unidos, o que mais chama a atenção de quem não conhecia os times brasileiros é a paixão do seu povo. Mais de um local me perguntou durante as concentrações das torcidas: “o que está acontecendo aí?”. E nenhum deles sabia da Copa do Mundo de Clubes. Mas, depois do evento, certamente vão lembrar das marcas brasileiras.
O desafio é fazer isso virar dinheiro. Há crianças impactadas com as músicas dos times, pedindo camisetas. Para que isso continue, os clubes precisam entender que o trabalho é longo. Não adianta achar que em 30 dias de Estados Unidos tudo vai estar resolvido.
Para que os clubes consigam frequentar essa competição constantemente, é preciso trabalho sério em todos os aspectos: estrutural, monetário e dentro de campo. O Fluminense, por exemplo, está aqui, mas está jogando a Copa Sul-Americana, que não daria vaga para a próxima edição. O Boca Juniors nem na Sul-Americana está.
A injeção de dinheiro que um Mundial de Clubes dá é o primeiro passo, mas não pode ser considerado o único objetivo dos sul-americanos. Fazer a presença nesta Copa do Mundo virar rotina é algo que, aí sim, vai consolidar a marca e começará a fazer europeus e norte-americanos pensarem mais sobre como o futebol brasileiro pode ser mais do que exportador de talentos.
A Amarelinha todo mundo já conhece. E não é porque a CBF faz Casa da Seleção quando vai nos países de Copa. É porque é a única seleção que participou de todas as edições de um Mundial. E esse ativo é quase impossível de ser precificado.
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Autor: danilolavieri
