“O Bernardinho tem um coach para lidar com a nova geração”, diz Virna


Com a autoridade de ter sido uma das maiores referências da geração do vôlei feminino que foi medalhista olímpica em Atlanta e Sydney, Virna Dias falou sobre o futuro da seleção brasileira no ciclo olímpico até Los Angeles em 2028. A ex-jogadora apontou uma mudança de postura das novas jogadoras como um dos principais desafios – tanto que o atual treinador da seleção masculina, Bernardinho, recorreu a um coach para auxiliá-lo neste processo.
“Essa geração nova, eu sei porque eu sou mãe, eles desistem mais rápido. Então, a gente tem que provocar essa força, essa autoestima, essa frustração de saber perder nessa geração nova. E não é fácil? É um desafio pra lá de grande. Tanto que o Bernardinho hoje tem um coach para orientá-lo a lidar com essa nova geração. E o Bernardo é um dos maiores palestrantes do Brasil, dos maiores do mundo. Olha como que é o gap dessa geração”, disse Virna, em entrevista para o programa Game Changers, do InfoMoney.
No bate-papo com a apresentadora Heloísa Rios, Virna se mostrou surpresa com a altura dos atletas da nova geração do vôlei brasileiro. A ex-jogadora acredita que o Brasil brigará entre os melhores, mas faz um alerta.
“Acho que a gente está no momento de transição. Eu tive oportunidade de ir ao treino e eu até conversei com o Zé [Roberto, técnico da seleção feminina]: as mulheres são gigantes. Eu tenho 1,85m, e sou enorme, tá? Fico baixinha perto delas. Todas com 1,90m para cima, 2m, 2,05m…nunca vi uma geração tão alta do voleibol do feminino”, comparou Virna.
“Só que a gente tem esse gap dessa transição, né? Elas precisam rodar, elas precisam adquirir essa experiência internacional. Porque uma coisa é você jogar uma superliga: o nível é bom, mas lá fora as mulheres têm dois metros de altura, os bloqueios hoje são muralhas”, complementou.
Virna acredita que, por causa desta transição geracional, as seleções nacionais de vôlei não estão entre as favoritas nas disputas dos principais campeonatos neste ciclo até os Jogos Olímpicos de Los Angeles.
“A gente vai ter essa fase de transição, mas também o voleibol mundial também está se renovando, se provando. Eu acredito que a gente possa ficar entre os três melhores do mundo. Agora, ser o campeão, eu acho que precisa de um pouco mais de bagagem, tanto no feminino como no masculino. Temos material humano? Temos. O voleibol hoje mudou”.
A ex-jogadora também explicou quais foram as mudanças no vôlei atual para o que ela praticava enquanto atleta. “Da nossa época era o voleibol mais técnico. Hoje é força pura. Você tem que ter porrada para botar a bola no chão E as jogadoras hoje não são tão versáteis do que da nossa geração. Pela altura, sim, que altura você consegue ter menos mobilidade, enfim. Mas é só não é só o voleibol brasileiro, é o voleibol no mundo”.
Sobre o Game Changers
Game Changers é um programa de entrevistas com as principais personalidades do esporte que mudaram o jogo em suas áreas de atuação.
Acompanhe quinzenalmente uma nova edição do Game Changers no Youtube do InfoMoney.
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Autor: Roberto de Lira