Petrobras (PETR3;PETR4) abre o jogo sobre participação na Braskem e BRKM5 salta 10%
A Petrobras (PETR3;PETR4) se pronunciou nesta quarta-feira (26), em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sobre a notícia publicada pelo jornal Valor Econômico de que a firma estaria negociado um novo acordo com bancos credores da Novonor, que detém ações na Braskem (BRKM5).
A estatal afirmou que ainda não há decisão tomada em relação à sua participação na Braskem. A firma disse ainda que conduziu due dilligence (um procedimento de pesquisas) na petroquímica para eventual exercício de tag along (proteção legal para acionistas minoritários) ou direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor. A petroleira também reforçou que segue estudando alternativas.
“A Petrobras reafirma que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis. Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”, concluiu.
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Segundo três fontes ouvidas pela reportagem do Valor, a futura participação acionária dos bancos – Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – na petroquímica seria alocada em um fundo de investimento em participações (FIP), sob gestão da Geribá Investimentos e controle da companhia, ao lado da Petrobras.
A notícia fez as ações da Braskem dispararam no pregão desta quarta-feira. Os papéis da firma saltam 10,15% a R$ 11,83 às 15h17, liderando os ganhos do Ibovespa.
Os analistas Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, afirmam não esperar que a possível criação desse fundo altere a estratégia da Braskem de se tornar mais enxuta e sobreviver a esse ciclo de baixa. “Também não esperamos que os bancos vendam suas ações tão cedo, dado o preço deprimido, e não vemos a Petrobras interessada em comprar a Braskem por enquanto, dada a alta alavancagem da firma. Qualquer potencial M&A (fusão e aquisição) dependeria muito de melhores margens, para as quais atualmente há visibilidade limitada”, destacam em nota.
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Autor: Beatriz Rocha