Petrobras puxa retomada da indústria naval com apoio chinês
Estaleiros brasileiros e chineses assinarão no sábado memorandos de entendimento para desenvolver parcerias tecnológicas e comerciais em meio a um aumento da demanda por embarcações da Petrobras, informou a estatal brasileira.
Os memorandos serão assinados entre os estaleiros chineses COOEC, CSSC, Cosco e CIMC e os estaleiros nacionais EBR, Rio Grande, Mauá e Enseada.
“Desde segunda-feira, representantes desses grupos da China estão no Brasil e visitaram as plantas industriais das companhias brasileiras e alinharam interesses mútuos para possíveis parcerias futuras”, informou a Petrobras.
A assinatura ocorrerá durante o Fórum Estratégico para a Indústria Naval Brasil-China, no Rio de Janeiro, um desdobramento da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China em maio.
Os acordos ocorrem enquanto a Petrobras e a Transpetro, subsidiária de transporte e logística da petroleira, retomam investimentos no segmento naval e offshore, apoiadas pelo Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras.
“A possibilidade de realizar parcerias com os estaleiros chineses, que estão entre os mais desenvolvidos do mundo, permite que a indústria naval brasileira acesse novas tecnologias e, possivelmente, até mesmo novas encomendas, que podem ser compartilhadas com os chineses”, disse o presidente da Transpetro, Sergio Bacci.
“Esse diálogo também se insere no novo contexto global em que os Estados Unidos estão priorizando a sua indústria local e abrindo espaços para novas parcerias comerciais estratégicas entre outros países, como a China e o Brasil.”
A retomada da indústria naval no Brasil foi uma das promessas de campanha do presidente Lula.
Lançado em junho de 2024, o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras tem programada a contratação de 52 novas embarcações, com previsão de gerar, nessa etapa, investimentos de até R$29 bilhões, com a geração de 50 mil novos postos de trabalho.
O programa prevê a aquisição de navios para cabotagem na costa brasileira, contemplando embarcações da classe handy, gaseiros e de médio porte (MR1), que integrarão a frota da Transpetro, além de barcos de apoio para a Petrobras. O objetivo é reduzir a exposição da Petrobras aos afretamentos e dar maior flexibilidade e eficiência para as operações logísticas de movimentação de cargas, ressaltou a Petrobras.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Reuters