As ações da PetroReconcavo (RECV3) enfrentaram um pregão de sangria nesta quarta-feira (9) e lideraram as perdas do Ibovespa, com uma queda de 5,36%, aos R$ 13,94. Por trás do movimento, está o descontentamento dos investidores com a prévia operacional divulgada pela firma após o fechamento de ontem. O documento mostra uma retração de 1,8% na produção média de barris de óleo em junho na comparação com o mês anterior. Os dados foram afetados por uma interrupção de sete dias nas operações do campo de Cassarongongo e uma menor produção no campo de Tie.
Além disso, a apreensão dos investidores com o possível anúncio de novas tarifas comerciais impostas ao Brasil pelos Estados Unidos contribuiu para ampliar a desvalorização dos ativos. “Quando o Ibovespa recua em meio a declarações de tarifas de Trump, o que está em jogo não é apenas o comércio exterior, mas a percepção de risco sobre o Brasil. O mercado lê essas ameaças como um sinal de que o ambiente global pode voltar a se fechar“, diz Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike. “Para as firmas brasileiras, especialmente as exportadoras, o momento exige cautela estratégica.”
No ano, a RECV3 cede 9,29%. Em 12 meses, a queda é de 23%.
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Autor: Jenne Andrade
