PIB do Brasil fecha 2024 com alta de 3,4%, mas desaceleração no 4º tri fica acima do esperado
A atividade econômica do Brasil cresceu 3,4% em 2024 com forte desempenho de serviços, do consumo das famílias e dos investimentos, mas a expansão do Produto Interno Bruto perdeu mais força do que o esperado no quarto trimestre em meio a uma política monetária restritiva que se prolonga para 2025.
O desempenho da economia no ano passado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, foi ainda assim o mais forte desde os 4,8% de 2021, ficando acima das taxas de 3,0% e 3,2% em 2022 e 2023 respectivamente. A expectativa do governo era de uma expansão de 3,5%.
Mas o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil expandiu 0,2% no quarto trimestre sobre os três meses anteriores, mostraram os dados, numa leitura que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,5% na comparação trimestral.
Sobre o quarto trimestre de 2023, o PIB teve aumento de 3,6%, também abaixo da expectativa de 4,1% nessa base de comparação.
A economia brasileira foi perdendo força ao longo da segunda metade do ano passado, com taxas de crescimento de 1,0%, 1,3% e 0,7% respectivamente nos primeiro, segundo e terceiro trimestres.
Essa desaceleração já era esperada depois de o PIB surpreender nos primeiros trimestres, e a atividade deve seguir moderada em 2025 diante do ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central, com juros em patamar restritivo.
Ao longo de 2024 fatores como mercado de trabalho aquecido com ganhos de renda, condições melhores de crédito e benefícios sociais ajudaram a sustentar a atividade econômica.
Isso, no entanto, levantou riscos inflacionários, e o BC já elevou a taxa básica de juros Selic a 13,25% ao ano, com efeitos que devem ser sentidos ao longo de 2025. A autoridade monetária volta a se reunir em 18 e 19 de março, e já indicou novo aumento de 1 ponto percentual.
Embora a atividade econômica conte com a perspectiva de uma safra forte neste início de ano, outros pontos levantam preocupação, como o aumento da inflação, ameaças tarifárias dos Estados Unidos e a desvalorização do real, além das persistentes temores ficais.
Revisão
O IBGE revisou ligeiramente para baixo os dados do crescimento da economia brasileiro nos três primeiros trimestres de 2024.
De acordo com os números divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,0% no primeiro trimestre do ano passado ante os três meses anteriores, contra 1,1% informado antes.
No segundo trimestre a expansão foi de 1,3%, de 1,4% divulgado antes, enquanto a conta para o terceiro trimestre apontou crescimento de 0,7%, contra 0,9% antes.
No quarto trimestre houve expansão de 0,2%, com o PIB fechando o ano com expansão de 3,4%.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Reuters