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Pós-fixado, IPCA+ ou prefixado: onde investir na renda fixa em setembro

Pós-fixado, IPCA+ ou prefixado: onde investir na renda fixa em setembro

Com juros em torno de 15% ao ano e inflação elevada, a renda fixa continua sendo a classe preferida dos brasileiros. No segundo trimestre, o número de investidores nesse mercado considerado mais seguro chegou a 100,2 milhões de CPFs, alta de 20% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o boletim trimestral de Pessoa Física da B3. Na renda variável, há 5,4 milhões.

Mas onde aplicar na renda fixa em setembro? A queda da inflação e a expectativa de redução dos juros a partir de 2026 já começaram a mudar as recomendações das instituições financeiras. No geral, bancos e corretoras ainda priorizam os títulos pós-fixados ao CDI (importante indexador associado à Selic) e os atrelados à inflação. Porém, já há espaço crescente para os prefixados.

Pós-fixado: ainda a melhor alternativa ou nem tanto?

O Itaú BBA segue confiante em Tesouro Selic e CDBs DI para horizontes de até dois anos. “O carrego oferecido permanece elevado, e a visibilidade sobre cortes no curto prazo ainda é baixa”, avaliou a equipe de research.

A XP Investimentos também recomenda manter exposição acima do neutro nessa classe, para capturar o ganho do CDI em patamar elevado.

O BTG Pactual, no entanto, tem uma visão um pouco diferente. Para o banco, “apesar da forte atratividade do retorno de 15% a.a., historicamente o CDI apresenta a pior performance 12 meses prospectivamente em algum momento antes do ciclo de corte de juros”. Por isso, a casa está abaixo do neutro em CDI.

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IPCA+: proteção em meio às incertezas

Enquanto reduz o pós-CDI, o BTG amplia sua aposta em IPCA+. “Acreditamos que a curva de juros reais segue bastante atrativa, sobretudo nos vértices médios/longos”, afirmou em relatório.

Para o Itaú BBA, os papéis atrelados ao IPCA, com vencimentos a partir de cinco anos, permanecem como destaque para capturar o processo de desinflação e a desaceleração projetada, ao mesmo tempo em que oferecem proteção contra riscos inflacionários.

A XP lembra que, com taxas em patamares históricos – nesta quarta os papéis estão pagando IPCA + 8,2% – a classe mantém o “posicionamento como uma opção eficiente de proteção em um ambiente de incertezas econômicas”.

O Inter vai na mesma linha. Segundo a casa, para investidores com foco em construção de patrimônio e segurança no pós-fixado de inflação, “a janela atual se mostra bastante atraente”.

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Prefixados: hora de entrar?

Existe uma máxima no mercado monetário que diz que quando há expectativa de queda de juros, é hora aumentar a exposição em títulos prefixados para travar uma taxa elevada agora e se beneficiar da queda futura dos juros, ganhando com a diferença.

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O BTG Pactual disse que está atento a essa subclasse desde há algum tempo e agora entende que os “prêmios mais longos podem ser capturados com maior convicção, em linha com os sinais de desaceleração econômico e cenário externo favorável”.

Para o Itaú BBA, os títulos prefixados de cerca de três anos seguem interessantes, já que recompuseram as taxas vistas em junho e ainda oferecem bom carrego. Porém, disse a casa, eles são sensíveis a uma possível desaceleração econômica, sobretudo se houver mudanças na expectativa para a Selic terminal.

A XP Investimentos, por outro lado, vê com cautela essa classe. A instituição acredita ser ser “prematuro” e “arriscado” ampliar exposição porque ainda há dúvidas sobre quando será iniciado o ciclo de afrouxamento monetário. A instituição, porém, sugere papéis de crédito privado (veja abaixo).

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Títulos públicos e crédito privado

Veja abaixo o que as casas sugerem em títulos públicos e crédito privado para o mês de setembro.

Títulos públicos

Pós-fixados: Tesouro Selic 2028 (Selic + 0,05%), segundo Itaú e XP.

Inflação: Tesouro IPCA+ 2040 (7,32%) pelo Itaú; NTN-B 2030 e 2033 (7,4%) pela XP.

Prefixados: Tesouro Prefixado 2028 (13,33%) pelo Itaú.

Crédito privado:

Itaú BBA

  • Debênture Neoenergia (NEOE16): IPCA + 7,2%, vencimento em 15/06/2029
  • Debênture Prio (PEJA22): IPCA + 7,8%, vencimento em 15/02/2034
  • Debênture Sabesp (SBSPF3): IPCA + 6,6%, vencimento em 15/01/2040

XP Investimentos

  • CDB Banco C6: 13,7% prefixado, com vencimento em 25/08/2027
  • Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) BNDES: 92% do CDI, vencimento em 05/12/2029
  • Debênture Eletronorte (ELTN17): 12,7% prefixado, vencimento em 15/07/2032
  • Debênture Origem Energia (ORIG22): 15,40% prefixado, vencimento em 15/12/2035
  • CRI Guardian Atacadão: IPCA + 7,9%, vencimento em 15/12/2037
  • CRA BRF: IPCA + 7,3%, vencimento em 15/12/2035

Leia também: As cinco ações que pagam dividendos mais indicadas para investir em setembro

Quanto alocar em renda fixa?

As recomendações variam de acordo com o perfil de risco. Em geral, as casas sugerem destinar entre metade e quase toda a carteira de investimentos à renda fixa local. A Rico, por exemplo, sugere a seguinte distribuição em renda fixa.

Perfil Alocação Porcentagem*
Conservador Pós-fixado
Inflação
Prefixado
70,0%
15,0%
2,5%
Moderado Pós-fixado
Inflação
Prefixado
35,0%
25,0%
7,5%
Arrojado Pós-fixado
Inflação
Prefixado
15,0%
30,0%
5,0%
Fonte: Rico
*o quadro reúne apenas as informações de percentuais relacionados aos investimentos em renda fixa. Por essa razão, a soma dos percentuais em cada bloco não resulta em 100%, já que outros tipos de ativos participam da composição das carteiras recomendadas para os perfis conservador, moderado e arrojado.

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Autor: lucasgmarins

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