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Reajuste na tarifa de energia elétrica em SP deve pressionar o IPC em 0,39%, diz Fipe

Reajuste na tarifa de energia elétrica em SP deve pressionar o IPC em 0,39%, diz Fipe

O reajuste nas tarifas de energia elétrica da Enel São Paulo, que entrou em vigor nesta sexta-feira (4), deve provocar impacto direto na inflação paulistana. Com alta variando entre 13,26% e 15,77%, o aumento deve acrescentar 0,39% ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Segundo Guilherme Moreira, coordenador do índice, o peso da energia elétrica vai muito além da conta de luz residencial. “O impacto é significativo por dois motivos: o percentual elevado do reajuste na conta de energia das residências e o efeito indireto sobre toda a economia, já que praticamente tudo consome energia”, afirma.

Leia mais: Conta de luz da Enel vai aumentar em SP; veja quando e valores

O economista explica que supermercados, por exemplo, utilizam sistemas de refrigeração; salões de beleza usam ar-condicionado; e frigoríficos precisam de energia para congelar carnes. “Tudo isso influencia o preço final dos produtos e serviços”, diz.

Além da fatura mais cara, Moreira destaca que o repasse do aumento tende a atingir toda a cadeia produtiva. “A energia está presente em todas as etapas da cadeia produtiva. No fim, o consumidor paga duas vezes”, afirma.

Setores com consumo intenso, como padarias, lanchonetes e restaurantes, sentirão o impacto com maior intensidade. “Muitas vezes, a conta de luz representa até 20% dos custos operacionais. Não é raro ela pesar mais do que a própria compra de farinha em uma padaria. Esse custo pode ser absorvido pelo estabelecimento ou repassado ao consumidor”, alerta o economista.

Famílias de menor renda também devem ser especialmente afetadas, uma vez que o gasto com energia pode representar até 6% do orçamento doméstico mensal. “É diferente de um aumento no tomate ou na carne, que você pode substituir. A energia não tem como ser substituída. Algumas famílias já vivem no limite da economia doméstica. O que acontece é que acabam cortando em outras áreas, como lazer, vestuário ou pequenos comércios de bairro para compensar o aumento”, observa Moreira.

Apesar da pressão causada pela alta na energia elétrica, há um ponto de alívio recente: a inflação dos alimentos tem mostrado desaceleração, principalmente entre os produtos in natura – frutas, verduras e carnes vêm registrando queda nos preços.

Esse movimento ajuda a equilibrar, ao menos em parte, os gastos mais elevados em outras categorias. Ainda assim, os alimentos industrializados, que dependem mais fortemente do uso de energia em sua produção, devem continuar pressionando o orçamento.

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Autor: camillebocanegra

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