Seguro-viagem: 6 dicas para contratar o seu e fugir das letras miúdas


A contratação de um seguro-viagem pode parecer simples a princípio, mas demanda muita atenção na hora de avaliar a apólice dos produtos oferecidos por segurados e firmas de assistência, uma vez que o número de categorias de despesas cobertas por esse tipo de seguro é grande, mas cheio de “letras miúdas”.
Em geral, um produto de seguro-viagem oferece coberturas médicas e repatriações. Isso abrange despesas médicas, hospitalares e odontológicas em viagens nacionais e internacionais, gastos farmacêuticos e cobertura para doenças, como a Covid-19, e assistência para a prática de esportes recreativos. Além disso, é comum este tipo de produto oferecer indenização, ou seja, uma compensação por atraso de bagagem, reembolso por atrasos ou cancelamentos de voos superiores a 6 horas, além de auxílios e assistências, como o auxílio para localização de bagagem, assistência jurídica em caso de acidente de trânsito, e até mesmo telemedicina.
E em casos mais graves, o seguro-viagem oferece o seguro de vida em si, ou seja, garante cobertura em caso de morte acidental ou invalidez permanente total ou parcial ocorrida durante a viagem, cobre o retorno sanitário, translado médico e até o translado de corpo.
Tudo isso faz o seguro-viagem parecer bastante completo e de fato é, não se limitando a gastos médicos, mas ainda assim é preciso estar atento a alguns aspectos antes de escolher o produto ideal para a sua viagem.
Veja abaixo as dicas de especialistas na hora de fazer essa contratação:
1. Escolha uma seguradora confiável
Ainda que pareça óbvio, o primeiro e indispensável passo é avaliar a credibilidade da seguradora e da firma de assistência, para conferir se são regulamentadas e como agem em caso de sinistro, segundo Paulo Davidoff, diretor de Massificados e Seguros Pessoais da Alper Seguros.
“Eu sempre aconselho a buscar informações sobre a firma, quanto tempo está no mercado, como são suas notas de avaliação no Google ou no Reclame Aqui”, explica Alexandre Camargo, diretor-geral da Assist Card Brasil.
2. Entenda o tipo de produto necessário a partir do perfil dos viajantes e da viagem
O primeiro passo na contratação do seguro-viagem é entender as necessidades específicas da viagem, segundo Gabriel Nascimento, gerente de Produtos e Inovação para a América Latina da Allianz Partners.
“Quem viaja com crianças ou idosos, a trabalho ou vai para destinos com exigências específicas, como os países europeus e mais recentemente a Argentina, precisa de uma cobertura adequada ao perfil.”
Na hora de avaliar os serviços da apólice, a recomendação de Camargo é buscar checar as coberturas mais importantes para a sua viagem. “Por exemplo, se o cancelamento de viagem é uma cobertura importante porque o segurado pode ter que adiar a sua viagem, então recomendo ler esta cláusula específica e entender em quais condições o plano poderá ajudá-lo ou não”.
3. Não economize em destinos onde a saúde é cara
Em destinos com assistência médica cara, como os EUA e o Japão, contratar um seguro-viagem com limite baixo de gastos no pode gerar prejuízos altos ao turista, mesmo ele estando segurado – nestes países, o tradicional limite de cobertura de R$ 100 mil é considerado baixo.
“Recomendo escolher planos com coberturas superiores a U$ 150 mil. Preferencialmente coberturas de US$ 250 mil ou US$ 500 mil. A grande maioria dos viajantes acabam optando por planos mais econômicos, com coberturas médicas de US$ 30 mil a US$ 50 mil. Uma semana de internação nos Estados Unidos, por exemplo, pode passar tranquilamente de US$ 100 mil”, afirma Camargo.
Na Europa, o tratado de Schengen, acordo entre 29 países europeus que permite a livre circulação de pessoas entre esses países, estabelece que todos os viajantes de fora da União Europeia que desejam entrar nos países signatários tenham um seguro viagem com cobertura mínima de 30 mil euros, que cubra despesas médicas de emergência, repatriação e assistência em caso de imprevistos durante a estada no continente.
4. Cuidado com as “letras miúdas” do contrato
A leitura completa da apólice do seguro-viagem é fundamental para não ser pego de surpresa. É neste documento que estão as letrinhas miúdas relacionadas à limites ou situações excluídas da cobertura do seguro.
Fique atento aos seguintes pontos:
Idade dos segurados e período de gestação
Segundo Camargo, é comum que seguradoras reduzam o valor da cobertura médica para pessoas mais velhas ou até as excluam da cobertura a partir de determinada idade.
Ainda, no caso das gestantes, é preciso observar o período da gravidez. No caso da Assist Card, por exemplo, a cobertura está limitada a 28 semanas de gravidez.
Riscos excluídos
Geralmente procedimentos estéticos, condições pré-existentes não declaradas, acidentes em atividades de risco, acidentes decorrentes do uso de álcool ou drogas e participação em competições esportivas profissionais são excluídos na cobertura de seguros-viagem. Situações do tipo estão presentes na seção de “riscos excluídos”.
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Franquias e carências
Verifique se há a cobrança de franquia (participação do segurado nos custos) para acionar alguma cobertura. Embora menos comum em seguros de viagem, é importante confirmar. Da mesma forma, confira se existem períodos de carência para o uso de certas assistências.
Exigências para reembolso
Para receber reembolso do seguro-viagem, seja de despesas farmacêuticas ou por cancelamento de voo, é preciso que o segurado tenha todos os comprovantes, notas fiscais, laudos médicos e relatórios fornecidos pela companhia aérea.
A falta de documentação pode inviabilizar o recebimento da indenização.
5. Para a viagem: ter em mãos os procedimentos para acionamento do seguro
O segurado deve saber como acionar o seguro em caso de emergência durante a viagem.
Para isso, a dica da Alper é salvar no celular e também anotar em local seguro os telefones de contato da central de assistência, que geralmente opera 24 horas por dia e com atendimento em português.
6. Tutores: não esqueçam os pets
Davidoff relembra os tutores a não esquecerem de incluir o pet ao planejar a viagem, uma vez que os gastos veterinários no exterior podem gerar despesas altas.
“Assim como os humanos, os animais de estimação também estão sujeitos a imprevistos. Por isso, garantir a proteção do pet no seguro é vital para assegurar que, em caso de uma emergência de saúde ou acidente durante o passeio, seu animal possa receber o atendimento veterinário necessário sem que os custos inesperados se tornem um impedimento”, indica Davidoff.
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Autor: marialuizadourado