Startup de aluguel de carros Turbi planeja abrir capital
A startup de aluguel de carros Turbi captou R$ 156 milhões e teve o Itaú Unibanco como âncora, em uma operação para financiar a expansão no país e se preparar para uma possível abertura de capital (IPO).
A firma, sediada em São Paulo, vem crescendo rapidamente na maior cidade do Brasil nos últimos dois anos, com a receita de aluguéis de carros aumentando 35% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.
A frota da companhia saltou 64%, chegando a 5.800 veículos, e, com o novo financiamento, deve chegar a cerca de 7.000 unidades.
O Itaú contribuiu com a maior parte dos recursos da operação. A japonesa Credit Saison também participou do investimento. Antes da operação, a Turbi já vinha acessando crédito por meio de emissões locais de debêntures.
Turbi na cola da Localiza
A Turbi se apresenta como uma alternativa flexível ao modelo tradicional de aluguel de carros com diárias, utilizado por firmas como a líder de mercado Localiza. Ela também concorre com a Movida e a Unidas.
Os altos juros no Brasil têm levado startups a moderar suas ambições de crescimento e estruturar com mais cautela o endividamento.
Em entrevista, o diretor monetário Mario Liao afirmou que o acordo ajudará a firma a acessar mercados internacionais de crédito no futuro. Ele acrescentou que grandes bancos costumam oferecer custos menores de captação, o que dará à Turbi uma vantagem competitiva.
Ter o Itaú como apoiador pode abrir portas para novas parcerias com outras instituições financeiras, disse o diretor de relações com investidores Eduardo Portelada.
“Somos emissores frequentes de credito, e pode ser aquecimento para um IPO no futuro”, afirmou. Ele acrescentou que a firma já está discutindo novas rodadas de captação com outras instituições.
O índice de alavancagem da Turbi, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda – indicador de lucro antes de juros e impostos -, está entre cinco e seis vezes, o que Liao considera elevado. Para reduzir esse patamar, a Turbi está em negociações para vender uma participação acionária.
“Essa é a nossa agenda para o próximo trimestre”, disse o CEO Daniel Prado. “Nosso objetivo é reduzir a alavancagem para cerca de cinco vezes.”
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Bloomberg