Taxa de mala de mão pode chegar ao fim em voos na Europa. Mas, afinal, qual é a regra?

O Comitê de Transportes do Parlamento Europeu está discutindo uma norma para proibir as companhias aéreas de cobrar por mala de mão, prática comum sobretudo entre as firmas conhecidas como low cost.

No entanto, o projeto ainda precisa de aprovação de pelo menos 55% dos países que integram a União Europeia, ou seja, no mínimo 15 dos 27 países. Além disso, esses países devem representar pelo menos 65% da população da UE.

Não será uma tarefa simples. Muitos governos já manifestaram oposição à ideia. Além disso, as companhias aéreas, especialmente as low cost, devem entrar em campo para evitar que o projeto avance.

Mas, afinal, quais são as regras sobre os tamanhos de bagagem? Em que situações você é obrigado a pagar para transportar a sua mala? Confira a seguir.

Qual o tamanho da mala de mão na Europa?

Até agora, não há um padrão legal único para mala de mão na União Europeia definindo exatamente peso e dimensões da bagagem de mão. Em resumo: cada companhia aérea define as próprias regras, e isso acaba por criar o caos que conhecemos. No final das contas, cada voo pode ter uma exigência diferente (vale lembrar que as low cost costumam sobrar para transportar mala mão).

O que costuma ser considerado “razoável”?

As dimensões mais comuns nas companhias europeias atualmente são as seguintes:

• Tamanho: 55 x 40 x 20 cm (incluindo rodas, alças, bolsos externos etc);
• Peso médio permitido:: varia entre 7 kg e 10 kg (muitas low cost aceitam só 7 kg).

Item de mão agora passa a ter tamanho padrão na Europa

A Airlines for Europe (A4E), entidade que reúne diversas companhias aéreas do continente, começou a aplicar uma regra que uniformiza o tamanho de itens de mão. Estamos falando daquelas mochilas ou bolsas que “cabem debaixo do assento à sua frente”. As dimensões padronizadas agora são de 40x30x15cm. Ou seja, se o seu item de mão estiver dentro dessas medidas, a firma aérea não pode te cobrar nenhum valor a mais por ele.

A mudança já está valendo e deve entrar totalmente em vigor até o fim do verão do hemisfério norte, de acordo com a entidade. Até então, cada companhia aérea podia estabelecer suas próprias regras para o transporte de mochilas, bolsas e outros itens que caibam debaixo do assento. As normas para bagagem de mão e malas despachadas, entretanto, permanecem a cargo de cada firma.

A padronização do tamanho dos itens de mão vem depois de uma decisão do Comitê de Transportes do Parlamento Europeu que exigiu das companhias aéreas mais clareza aos passageiros sobre esse ponto.

A Airlines for Europe reúne várias companhias aéreas, que agora estão sujeitas à nova regra. Elas são as seguintes: Aegean, Air Baltic, TAP, Ryanair, Easyjet, Lufthansa, Swiss, British Airways, Iberia, Vueling, Air France, KLM, Finnair, Icelandair, Jet2, Norwegian e Volotea, Smartwings, Sunclass Airlines, TUI, Austrian Airlines, Brussels Airlines e ITA Airways.

Mas, afinal, qual a regra de cobrança para transportar malas de viagem em voos?

A cobrança para transportar malas de viagem em voos varia de acordo com a companhia aérea e o tipo de passagem. Geralmente envolve o pagamento de taxas adicionais por bagagem despachada que exceda o limite permitido ou por excesso de peso/tamanho. 

A seguir, emtenda como funciona a cobrança.

Franquia de bagagem

As companhias aéreas geralmente oferecem uma franquia de bagagem despachada (um número limitado de malas e/ou um peso máximo por mala) incluída no valor da passagem ou disponível para compra separada.

Excesso de bagagem

Se a sua bagagem ultrapassar a franquia em termos de peso, tamanho ou número de peças, você precisará pagar uma taxa adicional por cada item excedente.

Compra antecipada

É recomendado adquirir a franquia de bagagem com antecedência, pois geralmente sai mais barato do que comprá-la no aeroporto.

Tipos de cobrança

Algumas companhias cobram por volume (número de malas) e outras por peso, de acordo com a Associação Brasileira das firmas Aéreas (Abear). 

Voos internacionais

Em voos internacionais, as regras podem variar e a franquia de bagagem pode depender do destino, da classe da passagem e da companhia aérea.