Taxas futuras fecham perto da estabilidade com tarifas dos EUA e IOF em foco


As taxas dos DIs fecharam sem direção única e perto da estabilidade nesta quarta-feira, em meio à cautela dos investidores diante de incertezas domésticas e externas.
No fim da tarde, a taxa do Depósito Intermonetário (DI) para janeiro de 2027 estava em 14,16%, ante o ajuste de 14,177% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2028 marcava 13,425%, ante o ajuste de 13,421%.
Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 13,47%, ante 13,424% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 13,54%, ante 13,486%.
Nesta sessão, os investidores estiveram em grande parte atentos às notícias sobre as novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que têm sido o principal foco de atenção na semana.
Após Trump indicar na véspera que vai impor novas taxas sobre cobre importado, produtos farmacêuticos e semicondutores, os investidores passaram a manhã à espera de mais anúncios, como o presidente norte-americano havia prometido fazer.
Até o meio da tarde, entretanto, Trump havia emitido apenas uma nova bateria de cartas sobre tarifas para sete países, incluindo Argélia, Iraque, Líbia, Sri Lanka e Filipinas, gerando pouco movimento nos mercados globais, o que incluía as taxas dos DIs.
Mais tarde, no entanto, o presidente apontou que anunciaria uma taxa tarifária sobre o Brasil nesta quarta ou na quinta-feira. O comentário impulsionou o dólar ante o real, mas pouco influenciou os juros futuros, que se mantiveram perto da estabilidade.
“Os investidores estão céticos em relação à possibilidade de Trump efetivamente endurecer a sua postura comercial. Digamos que eles duvidam que os EUA vão manter as alíquotas de importação mais elevadas por um tempo prolongado”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
“Então, a ideia é que Trump estaria usando essas tarifas como instrumento de negociação, para pressionar países a fecharem acordos comerciais”, completou.
Na cena doméstica, o impasse em torno da tentativa do governo de elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) voltou ao radar dos agentes, com uma série de incertezas sobre o resultado do embate entre Executivo e Legislativo em relação ao tema, que se encontra no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se na terça-feira com os presidentes das duas Casas do Congresso para discutir a questão do IOF, mas não houve uma definição para o impasse, segundo informações de fontes.
O mercado nacional ainda monitorou a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em audiência de comissão da Câmara dos Deputados. Aos parlamentares, ele afirmou que a inflação no Brasil segue acima da meta e persiste disseminada em diversos itens.
Um feriado no Estado de São Paulo para a celebração da Revolução Constitucionalista de 1932 também pode ter afetado as negociações, provocando liquidez baixa nos mercados.
No exterior, os rendimentos dos Treasuries tinham forte queda.
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Autor: camillebocanegra