Títulos argentinos sobem com acordo de estabilização dos EUA
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, interveio para impulsionar os ativos argentinos mais uma vez nesta terça-feira (21), e classificou a linha de swap de US$ 20 bilhões assinada um dia antes como um acordo de “estabilização econômica”.
Em uma publicação no X, Bessent chamou o acordo com o banco central argentino de “uma ponte para um melhor futuro econômico para a Argentina, não um resgate”.
O acordo é um pilar fundamental da abordagem dos Estados Unidos para estabilizar a economia volátil e propensa a crises, já que o presidente Javier Milei se prepara para eleições legislativas neste fim de semana.
Em uma demonstração extraordinária de apoio, o governo americano interveio repetidamente no mercado à vista da Argentina para sustentar a moeda nas últimas duas semanas.
“Uma vez que a votação tenha terminado, a compra por parte do Tesouro dos EUA dominará”, disse David Austerweil, vice-gestor de carteira de mercados emergentes da VanEck, em Nova York. “Os recursos que o Tesouro dos EUA está comprometendo e já colocando em uso são muito grandes.”
Títulos argentinos
Os títulos em dólar da Argentina atingiram máximas da sessão após a publicação de Bessent no X.
As notas com vencimento em 2035 avançaram quase US$ 0,50, negociadas acima de US$ 0,57, antes de reduzir o avanço, de acordo com dados indicativos de preços compilados pela Bloomberg.
O peso, que está sob pressão desde que o partido de Milei perdeu para a oposição peronista na votação provincial, era negociado quase 0,4% mais fraco, a 1.480 por dólar.
O governo do presidente americano Donald Trump vê Milei como um aliado ideológico resoluto em uma região volátil.
“Não queremos outro Estado falido na América Latina, e uma Argentina forte e estável como boa vizinha é explicitamente do interesse estratégico dos Estados Unidos”, disse Bessent no comunicado, que não incluiu detalhes do acordo nem um valor em dólares. O Tesouro não respondeu imediatamente a um pedido de mais detalhes.
Milei encontrou-se com Trump na Casa Branca, na semana passada. Sua equipe, liderada pelo ministro argentino da Economia, Luís Caputo, passou a semana anterior em negociações em Washington com a equipe de Bessent, antes de comparecer às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional.
Durante a reunião na Casa Branca, no entanto, Trump alertou que a assistência à Argentina dependia de um bom resultado nas eleições, preocupando os investidores de que a ajuda só chegaria após a votação de 26 de outubro.
No fim de semana, Trump defendeu a ideia de dar uma ajuda de emergência a Milei. “Eles não têm dinheiro, não têm nada, estão lutando muito para sobreviver”, disse a repórteres a bordo do Air Force One.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg