Varejo tem queda de 1,6% em março, aponta o Índice do Varejo Stone


O mercado de trabalho continua aquecido, trazendo pressões para a inflação que acabam por retrair o consumo. Por conta disso, as vendas do comércio brasileiro voltaram a apresentar resultados negativos no último mês, com uma retração de 1,6% ante fevereiro, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 1,8%.
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, destaca que mercado formal surpreendeu positivamente com a criação de quase 200 mil vagas, segundo dados do Caged. E que esse cenário acaba mantendo a pressão sobre a inflação, ao mesmo tempo em que as famílias estão mais endividadas. “Esse aperto no orçamento, somado à inflação, tem pesado no consumo e ajuda a explicar a desaceleração do varejo nos últimos quatro meses”, comentou.
A queda foi puxada pelo comércio digital, que registrou queda mensal de 12,9%, enquanto o varejo físico apresentou baixa de 0,1%.
No comparativo anual, o comércio digital também teve retração maior, de 13,1%, e o físico seguiu na mesma linha, com queda de 2,8%.
Segmentos
Na análise mensal, sete dos oito segmentos analisados registraram queda em março. As quedas foram observadas nos setores de Material de Construção (-5,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,4%), Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-2%), Artigos Farmacêuticos (-1,9%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-0,3%) e Combustíveis e Lubrificantes (-0,1%). A única alta foi do setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,2%).
No comparativo anual, o segmento de Material de Construção teve melhor desempenho, com alta de 3,2%, seguido por Combustíveis e Lubrificantes, que cresceu 2,3%. Os demais setores registraram queda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-13,6%), Móveis e Eletrodomésticos (-8,8%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,9%), Artigos Farmacêuticos (-3,5%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-3,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-1,3%).
Destaques regionais
No recorte regional, sete estados apresentaram crescimento no comparativo anual: Acre (2,1%), Pará (1,7%), Goiás (1%), Roraima (0,8%), Piauí (0,6%), Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).
Já entre os estados com resultados negativos, Rio Grande do Sul apresentou a maior queda, de 8,2%, seguido por Rondônia (-5,5%), Rio Grande do Norte (-5,2%), Mato Grosso do Sul (-4,8%), Pernambuco (-3,7%), Santa Catarina (-3,4%), Distrito Federal e Paraná (-2,9%), Bahia (-2,7%), Ceará (-2,4%), Minas Gerais (-2,2%), Tocantins (-2%), Espírito Santo e Alagoas (-1,7%), Mato Grosso e São Paulo (-1,4%), Paraíba (-0,5%) e Amapá (-0,4%). O estado do Maranhão foi o único que reportou estabilidade, com 0,0%.
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Autor: Roberto de Lira