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Veja o fechamento das Bolsas de NY, juros dos EUA e dólar hoje com expectativas sobre tarifas de Trump

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira (11) – após S&P 500 e Nasdaq renovarem máximas históricas ontem – pressionadas pelos desdobramentos tarifários de Donald Trump. O mercado aguarda agora a alíquota tarifária para a União Europeia. O republicano afirmou que a carta com o valor deve chegar ainda hoje ao bloco. Os títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) e o dólar, por outro lado, subiram nesta sessão.

O Dow Jones fechou em baixa de 0,63%, aos 44.371,51 pontos. O S&P 500 caiu 0,33%, nos 6.259,75 pontos e o Nasdaq terminou o dia com queda de 0,22%, aos 20.585,53 pontos. Na semana o Dow Jones e S&P 500 cederam 1,01% e 0,31%, respectivamente, enquanto o Nasdaq perdeu 0,07%.

Ontem, o presidente americano anunciou uma tarifa de 35% ao Canadá, a partir de 1° de agosto, e reforçou que a carta tarifária para a UE seria enviada até essa sexta-feira, arrefecendo a busca dos investidores por ativos de risco no final da semana. Até o momento, 23 países já receberam cartas com as tarifas do mandatário.

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Enquanto investidores tentavam ponderar os próximos passos da política comercial, a Strategy, ligada à criptomoedas, avançou 3,04% após o bitcoin renovar recorde acima de US$ 118 mil. Também em nível histórico e ultrapassando US$ 4 trilhões em valor de mercado, a Nvidia subiu 0,50%.

Entre outras big techs, a Amazon ganhou 1,23% e a Alphabet teve alta de 1,45%. A Tesla (+1,17%) seguiu no rali de ontem. O CEO da firma, Elon Musk, disse que expandirá seu serviço de robo-táxi para uma área maior em Austin, no Texas, neste fim de semana. Musk também afirmou que a firma de veículos elétricos realizará sua reunião anual em 6 de novembro, após a pressão dos acionistas de que a Tesla estaria fora de conformidade se não definisse uma data.

Na temporada de balanços, a Levi-Strauss superou as expectativas de lucros do segundo trimestre e aumentou o guidance para o ano fiscal, fazendo com que as ações saltassem mais de 11% hoje.

Na esteira dos ganhos do petróleo, a Chevron e ExxonMobil avançaram 0,74% e 0,40%, respectivamente.

Juros dos EUA avançam

Os juros dos Treasuries avançaram nesta sessão, seguindo os novos desdobramentos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As perspectivas de que as cobranças aos parceiros comercias possam ser elevadas se refletem nas expectativas de uma maior inflação, o que, potencialmente, pressionaria o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) a manter taxas mais elevadas por mais tempo, o que foi reforçado por um dirigente da autoridade hoje.

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Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 3,887%. O rendimento da T-note de 10 anos avançava a 4,416%, enquanto o do T-Bond de 30 anos tinha alta a 4,953%.

Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou tarifar importações do Canadá em 35% a partir de 1º de agosto. A expectativa é que a União Europeia receba carta tarifária do republicano hoje. A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), afirmou nesta sexta-feira que está pronta para fechar um acordo e que não há reuniões adicionais previstas entre as duas partes durante o fim de semana.

“Nossa prioridade é alcançar um acordo em princípio com os EUA”, disse o porta-voz de Comércio da Comissão, Olof Gill, durante coletiva de imprensa. “Aguardamos alguma indicação de nossos colegas americanos de que também estão dispostos a fazer o mesmo.” Gill acrescentou que não há sinal de que isso vá acontecer imediatamente.

As novas tarifas reveladas por Trump complicaram ainda mais o cenário inflação, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee. O quadro dificulta que Goolsbee apoie os cortes de juros pelos quais Trump tem pressionado. A última rodada de tarifas pode gerar novas preocupações sobre a inflação, o que pode forçar o Fed a manter sua postura de espera até que o banco central obtenha mais clareza, disse Goolsbee.

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O calendário econômico começa na próxima semana e incluirá leituras importantes sobre inflação, consumo e mercado imobiliário. “Esperamos que os dados de inflação mostrem o impacto desinflacionário inicial da redução das tarifas, o que provavelmente fortalecerá a decisão do Fed de aguardar até que o efeito total das tarifas sobre a inflação se torne claro”, projeta a Oxford Economics.

Moedas globais: dólar sobe ante principais pares

O dólar subia ante seus principais pares, como o euro, a libra e o iene, nesta sexta-feira. Em dia de agenda esvaziada de eventos e indicadores, os desdobramentos das tarifas de Donald Trump, incluindo a imposição de novas taxas ao Canadá e indicação de que a carta tarifária à União Europeia virá ainda hoje, ganharam o foco dos investidores.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes, fechou em alta de 0,20%, a 97,853 pontos, e avançou 0,88% na semana. Por volta das 16h50 (de Brasília), o dólar se valorizava a 147,43 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1689 e a libra tinha queda a US$ 1,3501. Após Trump impor uma tarifa de 35% sobre os produtos importados do Canadá na noite de ontem, a divisa americana subia a 1,3685 dólar canadense no mesmo horário acima.

O dólar americano está encerrando a semana um pouco mais forte, já que o presidente continua a aumentar suas ameaças de tarifas e as expectativas em relação à taxa de juros dos EUA estão mais altas, diz a Capital Economics. A publicação gradual de novas exigências e taxas de importação mais altas contra o Brasil e o Canadá – com base em novas justificativas não diretamente relacionadas a preocupações econômicas – questiona a suposição generalizada de que o republicano acabará não cumprindo a maioria de suas ameaças, aponta a consultoria britânica.

“Esperamos que o impacto tarifário comece a aparecer, levando o núcleo da inflação de volta a 3% e fortalecendo o argumento para que o Federal Reserve (Fed) adie os cortes de juros e apoie o dólar”, afirma a Capital.

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Enquanto isso, os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as reservas em moeda estrangeira no primeiro trimestre mostram poucos sinais de uma grande mudança em relação à principal moeda global, afirmam os analistas do Nomura. Os dados abrangem o período anterior ao anúncio das tarifas recíprocas abrangentes de Trump em abril, mas sugerem que o status de reserva do dólar permanece saudável, acrescentam os analistas. A participação do dólar nas reservas vem caindo de forma constante há vários anos, mas tem se mantido estável entre 57% e 58% nos últimos trimestres.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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