Por que a DeepSeek pode ser positiva até seus concorrentes dos EUA, segundo o UBS
A chegada de uma inteligência artificial (IA) chinesa, lançada pela startup DeepSeek, bagunçou os mercados globais de investimento na segunda-feira (27). As “Sete Magníficas” – nome dado ao grupo formado pelas big techs queridinhas Apple (AAPL), Microsoft (MSFT), Alphabet (GOOG), Amazon (AMZN), Nvidia (NVDA), Meta (META) e Tesla (TSLA) – perderam US$ 643 bilhões em um único pregão. Explicamos melhor o contexto nesta outra reportagem.
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O que chama a atenção de investidores é a rápida ascensão do novo modelo de IA chinês, que parece entregar resultados semelhantes aos desenvolvidos por grandes firmas do setor, mas construídos a um custo consideravelmente menor e com chips menos potentes. Mas, apesar do susto inicial, na avaliação do UBS, ainda é cedo para dizer qual será o impacto real da IA da DeepSeek nesse mercado e nas concorrentes americanas.
Em conversa com jornalistas na Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e o UBS BB nesta terça-feira (28), no hotel Grand Hyatt, em São Paulo, o economista-chefe do UBS, Arend Kapteyn, explicou que, no fim das contas, uma tecnologia mais barata e que exija menos recursos é benéfica para todos na indústria de IA.
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“Foi um momento de pânico nos mercados, todo mundo ainda está tentando mensurar. Mas é tudo open source”, disse Kapteyn. Para ele, ainda não está claro quem serão os vencedores e perdedores com a nova tecnologia. “Algumas das firmas afetadas também serão beneficiadas porque agora poderão tentar replicar a eficiência e reduzir o capex.”
Alejo Czerwonko, diretor de investimentos de mercados emergentes nas Américas do UBS Global Wealth Management, concordou. Em sua visão, a nova IA chinesa tem potencial positivo no mercado. Ainda assim, a queda generalizada das ações de big techs serve de alerta para as estratégias de investimento no setor. “É mais importante que nunca estar exposto, você tem que investir em IA. O ponto é evitar uma concentração excessiva e olhar além dos nomes de infraestrutura”.
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Autor: Luíza Lanza