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Vai faltar crédito imobiliário em 2025? Entenda

Fachada de prédios em São Paulo. – Foto: Tiago Queiroz / Estadão Conteúdo

Uma queda de recursos para financiamento imobiliário pode provocar desaceleração acentuada de um dos setores mais importantes da economia brasileira em 2025.
Segundo dados da Abecip, nos primeiros quatro meses de 2024 o volume financiado foi de R$ 48,7 bilhões, queda de 5,1% ante igual período de 2023.
Entre as explicações para esse cenário estão os saques na caderneta de poupança, as restrições para emissão de LCI e as possíveis mudanças no FGTS.
No conjunto, essas três fontes representaram oito de cada dez reais dos empréstimos para compra da casa própria no Brasil no ano passado.
“Para este ano, está tranquilo, mas podemos ter problemas em 2025”, disse Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal.
O banco estatal é responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário no país. Essa concentração se acentuou nos últimos anos, uma vez que os juros altos desestimularam os bancos privados de atuar no setor.
Além de operar sozinha o programa Minha Casa, Minha Vida, a Caixa também administra os recursos do FTGS. E tem o maior volume de depósitos da poupança.
Ainda maior fonte de recursos para o setor no país, a caderneta vem perdendo fôlego ano após ano, diante da crescente concorrência com outros produtos de investimentos mais rentáveis.
Comparativamente, a poupança teve rentabilidade de cerca de 7,5% nos últimos 12 meses. Já o CDI, referência para aplicações em renda fixa, paga 12%.
Segundo dados do Banco Central, de 2021 a 2023, os resgates na poupança superaram os depósitos em mais de R$ 220 bilhões.
Essa tendência vem se mantendo, com saídas líquidas de recursos em três dos primeiros quatro meses deste ano.
O próprio presidente da Caixa, Carlos Vieira, reconhece que a manutenção dessa tendência é inevitável.
Presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira, participa do programa A Voz do Brasil. Foto Valter Campanato/Agência Brasil“É um produto que precisa ser rejuvenescido em função dessa nova realidade do país”, diz ele.
Dessa forma, para tentar compensar os volumes cadentes de recursos da poupança, a Caixa vem nos últimos anos recorrendo a instrumentos de mercado, como as letras de crédito imobiliário (LCI).
Contudo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) no começo deste ano adotou regras que limitam a emissão desses papéis.
Assim, o prazo mínimo das novas emissões de LCI subiu de 90 dias para 12 meses.
Como o apetite dos investidores por prazos mais longos é pequena, as captações da Caixa com esse instrumento desabaram.
“O objetivo foi evitar o mau uso dos recursos, mas o resultado foi outro”, disse Inês, da Caixa.
Outra usina de recursos do crédito imobiliário é o FGTS.
Hoje, o fundo é a fonte de dinheiro mais barato para o setor, já que a remuneração do fundo é de 3% ao ano.
Porém, os   

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