Por que os brasileiros estão sacando mais dinheiro da poupança?
Rephrase my A caderneta de poupança ainda permanece como o investimento mais popular entre os brasileiros, mas apresenta dificuldades em manter uma captação líquida com saldo positivo nos últimos dois anos. Desde maio de 2022, segundo dados da Elos Ayta Consultoria, a modalidade de investimento encerra o mês no vermelho com os volumes de saques superando os novos depósitos. Situação pressiona as taxas do financiamento imobiliário.Leia tambémO uso da reserva financeira para o pagamento de dívidas em atraso corresponde o principal motivo para esse comportamento. Mas há aqueles também que retiraram os recursos da poupança em busca de investimentos com retornos mais atrativos.O maior volume de saque foi registrado em fevereiro deste ano, quando os brasileiros retiraram cerca de R$ 3,9 bilhões. No entanto, os novos aportes foram os responsáveis por reduzir o impacto das retiradas no resultado final da poupança. Segundo dados da Elos, a entrada de R$ 3,8 bilhões permitiu que a captação líquida encerrasse o mês com um saldo negativo de R$ 66,6 bilhões, o segundo melhor resultado dos últimos 22 meses.Já a captação líquida de maio de 2023 correspondeu ao pior resultado em comparação a todos os meses analisados pelo levantamento. Neste período, a diferença entre os resgates e novos aportes resultou em um saldo negativo de R$ 125,7 bilhões. Independentemente da variação dos números, os educadores financeiros apontam que a prevalência dos saques da poupança reflete, principalmente, a necessidade dos brasileiros em utilizar as suas reservas financeiras para o pagamento de dívidas.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosA análise se baseia com o tamanho da população endividada no País. Assim como os saques da poupança, o número de brasileiros inadimplentes cresceu nos últimos dois anos. Segundo os dados da Serasa, em maio de 2022, cerca de 66,58 milhões de brasileiros não conseguiram honrar com as suas obrigações financeiras e possuíam dívidas com valor médio R$ 1.212,41 cada. Já em janeiro deste ano, o número de pessoas nesta situação subiu para 72 milhões, assim como o valor médio das dívidas que chegou a R$ 1.410,73.“A retirada do dinheiro da poupança tem como principal motivo situações de emergências e a pandemia (da covid-19) no Brasil agravou ainda mais esse cenário”, diz William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O olhar de curto prazo do brasileiro também ajudou a empurrá-lo ainda mais para a inadimplência, já que não possui o hábito de manter um planejamento financeiro capaz de evitar novas dívidas. “Essa realidade mostra com clareza que não há educação financeira no Brasil”, acrescenta Eid.A retirada dos saques para atender necessidades de emergência ainda prevalece, mas há aqueles que buscam alocar as suas reservas financeiras em investimentos mais ren for better SEO.