Itaú BBA reduz CDI na carteira de fundos imobiliários

Fachada de prédios em São Paulo. – Foto: Tiago Queiroz / Estadão Conteúdo
O Itaú BBA reduziu o peso de ativos ligados ao CDI na sua carteira de fundos imobiliários para abril.
Não houve mudança entre os componentes da carteira, apenas no peso dos ativos.
Assim, a equipe de estratégia reduziu a participação do fundo Kinea Rendimentos Imobiliário (KNCR), indexado ao CDI, de 10% para 7,5% da carteira.
Simultaneamente, o Itaú BBA elevou o peso de Kinea Índice de Preços (KNIP11), de 10% para 12,5%.
“A redução em KNCR foi pautada no atual momento de mercado, no qual as projeções macroeconômicas apontam para queda de juros”, afirma o relatório.
Na prática, isso implica queda nos proventos dos fundos indexados ao CDI.
O aumento da participação de KNIP11 refletiu a visão de que o fundo apresenta ponto de entrada interessante, com leve desconto.
Confira abaixo como ficou a composição da carteira recomendada de fundos imobiliários do Itaú BBA para abril.
FundoCódigoSetorPesoCSHG Renda UrbanaHGRU11Misto7,5%CSHG Renda UrbanaHSML11Shopping center7,5%XP MallsXPML11Shopping center7,5%Bresco LogísticaBRCO11Logístico7,5%VBI LogLVBI11Logístico7,5%Kinea Renda ImobiliáriaKNRI11Lajes corporativas7,5%VBI Prime PropertiesPVBI11Híbrido7,5%RBR PropertiesRBRP11Misto7,5%Kinea Índice de PreçosKNIP11Ativos financeiros12,5%CSHG Recebíveis ImobiliáriosHGCR11Ativos financeiros10%Kinea High YieldKNHY11Ativos financeiros10%Kinea Rendimentos ImobiliáriosKNCR11Ativos financeiros7,5%Fonte: Itaú BBA
Mesmo com as mudanças, o portfólio segue com 60% de exposição a fundos de tijolo e 40% de exposição aos chamados fundos de papel.
Fundo de tijolo é o jargão do mercado para carteira que detêm diretamente ativos imobiliários. A receita vêm do aluguel dos imóveis.
Enquanto isso, os fundos de papel são compostos por títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Em março, a carteira recomendada do Itaú BBA teve valorização de 0,6%, enquanto o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) avançou 1,4%.
Porém, no acumulado de 2024, a carteira recomendada tem alta de 3,6%, enquanto o Ifix teve incremento de 2,9%.
No relatório, Larissa Nappo e equipe afirmaram que mantêm otimismo para o mercado imobiliário no médio e longo prazos.
“Mesmo considerando o atual patamar da taxa de juros, avaliamos que os fundos imobiliários continuarão com uma boa relação de risco-retorno em comparação a outras classes de ativos”, diz trecho do relatório.