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Dólar sobe de olho nos EUA; Ibovespa recua com projeção da inflação e juros

O dólar devolvia os ganhos e subia nesta segunda-feira (21), de olho nas eleições e em novos dados dos Estados Unidos, enquanto o Ibovespa recua com projeção da inflação e perspectiva da Selic, taxa básica de juros, em novo relatório Focus do Banco Central (BC).

Às 15h30, o dólar subia 0,22%, cotado a R$ 5,704. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, caia 0,04%, aos 130.453,03 pontos.

Os mercados globais se voltavam para os Estados Unidos, onde dados econômicos recentes e as perspectivas para a eleição presidencial em 5 de novembro impulsionavam o dólar e o rendimentos dos Treasuries, gerando perdas significativas em mercados emergentes.

Agentes monetários têm aumentado a percepção de que a economia norte-americana segue robusta, principalmente na questão do emprego, e têm elevado as apostas de uma vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca. Ambos os fatores são favoráveis para os ativos dos EUA.

No mercado doméstico, também estavam no radar comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da Investment Association, em São Paulo. Ele disse que a adoção de medidas fiscais pelo governo é importante para que a autoridade monetária consiga baixar juros.

Investidores ainda analisavam a nova pesquisa Focus, em que economistas consultados pelo BC subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA.

Cenário internacional

Dados sólidos de emprego e consumo dos EUA divulgados recentemente têm reduzido as expectativas de investidores de um afrouxamento monetário agressivo pelo Federal Reserve, o que tem elevado os rendimentos dos Treasuries, em cenário positivo para o dólar.

As apostas de que o ex-presidente republicano vencerá a disputa pela Casa Branca também ajudavam a valorizar a divisa dos EUA. As medidas prometidas por Trump, como tarifas e cortes de impostos, são consideradas inflacionárias, o que manteria os juros do Fed altos, algo positivo para o dólar.

“Estamos vendo os holofotes sendo redirecionados para os EUA, onde os mercados temem não apenas o retorno de Trump à Casa Branca, mas também uma vitória em massa do Partido Republicano em todo o Congresso. Esse cenário seria, sem dúvida, o menos favorável para os mercados emergentes”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Os fatores positivos ao dólar se sobrepunham a elementos favoráveis às moedas de países emergentes nesta sessão. Preços de commodities importantes, como petróleo e minério de ferro, recuparavam-se na esteira de novos anúncios de medidas de estímulo por Pequim.

A China cortou as taxas referenciais de empréstimos nesta segunda conforme previsto, após reduções de outras taxas no mês passado.

Boletim Focus

Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA em 2024 e 2025, segundo a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 11,25%, de 11,00% na semana anterior, indicando menos cortes de juros em 2025.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,50% — exatamente o teto da meta —, ante 4,39% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 3,99%, acima dos 3,96% projetados anteriormente.

O mercado também repercutia as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda, o qual afirmou que a adoção de medidas fiscais pelo governo é importante para que a autoridade monetária consiga baixar juros, destacando ser difícil fazer esse movimento quando há uma desancoragem das expectativas para as contas públicas.

Em evento da Investment Association, em São Paulo, Campos Neto voltou a dizer que pessoas estão questionando a transparência das contas públicas e que uma percepção de choque fiscal pode gerar impacto positivo sobre as avaliações de mercado.

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*Com informações de Reuters

Este conteúdo foi originalmente publicado em Dólar sobe de olho nos EUA; Ibovespa recua com projeção da inflação e juros no site CNN Brasil.

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Autor: marienramos

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