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Klabin (KLBN11) fecha acordo de R$ 1,8 bi, ofusca decepção com dividendos e ação reage na Bolsa; veja

A Klabin (KLBN11) informou na noite de terça-feira (29) que celebrou acordo com uma Timber Investment Management Organization (TIMO) para o investimento conjunto em quatro sociedades de propósito específico (SPEs). As sociedades terão como objetivo principal a exploração da atividade florestal nos Estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina1 (Projeto Plateau) e serão controladas pela Klabin.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a firma destaca que o patrimônio das SPEs será composto, principalmente, por parte dos ativos florestais oriundos do Projeto Caetê2, além de 23 mil hectares de florestas plantadas e 4 mil hectares de terras produtivas da Klabin; e aporte de R$ 1,8 bilhão em caixa pela TIMO, sendo a primeira parcela na data do fechamento do Projeto Plateau e o restante previsto para o segundo trimestre de 2025.

A TIMO poderá realizar aportes adicionais nas SPEs até o segundo trimestre de 2025 no valor agregado de até R$ 900 milhões. Todos os investimentos estão sujeitos a eventuais ajustes nos termos dos acordos.

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Dentre outros direitos típicos conferidos a acionistas controladores de sociedades desta natureza, a Klabin terá o direito de preferência na compra da madeira produzida pelas SPEs.

O fechamento do Projeto Plateau, aprovado por unanimidade e sem ressalvas pelo Conselho de Administração da companhia, está sujeito a condições precedentes usuais, incluindo a aprovação pelas autoridades regulatórias competentes.

“O Projeto Plateau reforça o compromisso da Klabin com a disciplina na alocação de capital, redução da alavancagem e otimização do ROIC, com criação de valor para todos os seus stakeholders”, afirma a companhia.

Impacto nas ações da Klabin

O Itaú BBA antecipa uma reação positiva do mercado ao acordo da Klabin com uma Timber Investment Management Organization (TIMO). Para o banco, isso será bom para a firma tanto do ponto de vista monetário, por acelerar a sua desalavancagem, quanto estratégico.

Em relatório, os analistas Daniel Sasson, Marcelo Furlan Palhares, Edgard Pinto de Souza e Barbara Soares dizem que o acordo irá acelerar o processo de desalavancagem da Klabin, com um impacto de cerca de 0,3 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da firma.

O banco também acredita que a perspectiva mais fraca para os custos impactou o desempenho das ações, mas vê espaço para melhorias no segundo semestre de 2024 devido à redução nos custos de insumos.

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O Itaú BBA tem recomendação de outperform (equivalente a compra) para as ações da Klabin, com preço-alvo de R$ 26, o que representa um potencial de valorização de 26,5%, com base no fechamento de terça-feira (29).

Nova política de dividendos

“A Klabin também revisou suas políticas de dividendos e alavancagem, que agora estão mais rígidas e sinalizam o compromisso da firma com seu processo de desalavancagem”, acrescentam os analistas do BBA.

O Safra, inclusive, espera uma reação negativa às ações da Klabin apesar de achar prudente a nova política de dividendos. Isso porque alguns investidores podem penalizar a firma pela redução do fluxo de dividendos nos próximos trimestres.

Por volta das 11h45 (de Brasília), as ações da Klabin (KLBN11) subiam 0,97%, negociadas a R$ 20,76 no pregão desta quarta-feira (30).

* Com informações do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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