A Ciapetro encaminhou na última semana um acordo para assumir parte dos negócios desenvolvidos no país pela Greenergy, empresa da Brookfield que atua no Brasil com a importação de combustíveis.
Na transação, que não teve valores divulgados e depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Ciapetro será a sucessora da Greenergy em contratos com fornecedores de equipamentos e serviços logísticos, além de ficar responsável pelos colaboradores e ativos imobiliários – no caso uma infraestrutura de armazenamento de combustíveis no porto de Santos, local onde a Ciapetro já opera.
Conforme relatado ao órgão antitruste, o negócio dará a Greenergy a oportunidade “descontinuar determinadas atividades no Brasil, permitindo a realocação de recursos e a concentração de esforços em novos projetos”. Ao IM Business, um porta-voz da Greenergy afirmou que, a despeito da transação com a Ciapetro, a companhia seguirá operando no Brasil, onde atua há mais de uma década — mas sem dar maiores detalhes.
Segundo balanço mais recente, a subsidiária brasileira da Greenergy encerrou 2022 com receita líquida de R$ 116,7 milhões, bem abaixo dos R$ 854,2 milhões registrados em 2021, com lucro líquido de R$ 2,5 milhões no período.
Para a Ciapetro, o deal representa uma oportunidade de ampliar sua infraestrutura de armazenagem a partir da incorporação de um conjunto de contratos relacionados ao seu core business – no segmento de importação de combustíveis, além de um armazém no porto de Santos, a companhia também atua no porto de Paranaguá. O IM Business tentou contato com a Ciapetro, mas não obteve sucesso.
Fundada em 1996 no Paraná, a empresa possui 104 postos no estado e opera na importação e distribuição de combustíveis em outros seis (Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) mais o Distrito Federal. De acordo com dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Ciapetro possui uma participação de 1,11% no mercado de distribuição – bem atrás das líderes Vibra (26,1%) e Raízen (18,4%) – e de 0,24% em postos.
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