Casas Bahia (BHIA3) x Magalu (MGLU3): a visão do mercado após os balanços
Rephrase my Na comparação entre dois gigantes do varejo em relação aos balanços do quarto trimestre de 2023, o Magazine Luiza (MGLU3) teve um resultado melhor do que o Grupo Casas Bahia (BHIA3). A companhia da família Trajano apresentou um resultado sólido, que mostra uma melhora na rentabilidade da empresa. Já a concorrente apresentou um balanço muito pior do que o previsto inicialmente, dizem os analistas da XP Investimentos, Genial Investimentos, VG Research e GTF Capital.Leia tambémO Grupo Casas Bahia reportou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, 513,5% maior do que o prejuízo de R$ 163 milhões do mesmo período de 2022.A empresa passa por um plano de reestruturação, anunciado em setembro de 2023. A decisão foi tomada após a varejista registrar quatro prejuízos seguidos em meio à alta dos juros no País em 2021 e 2022, o que piorou o endividamento da companhia.PublicidadeInvista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora InvestimentosA Genial Investimentos esperava um prejuízo de R$ 703 milhões no quarto trimestre, um número muito maior que o prejuízo estimado por BTG Pactual (R$ 598 milhões), Santander (R$ 529 milhões) e Bradesco BBI e Ágora Investimentos (R$ 579 milhões).“Ainda assim, fomos negativamente surpreendidos por maiores despesas de reestruturação – o que culminou em um prejuízo 42,2% acima de nossa estimativa”, afirmam Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon, que assinam o relatório da Genial. Os analistas ressaltam as despesas financeiras e o lucro líquido bem aquém das estimativas. “Entendemos que parte do resultado fraco já tenha sido precificado, uma vez que Casas Bahia acumula uma queda de 27% desde o início de março. Acreditamos que o mercado deve se concentrar na linha de outras despesas, redução de estoques e reversões de provisões trabalhistas”, relatam os analistas.Já Lucas Lima, analista da VG Research, aponta que a pior parte do resultado de Casas Bahia é a piora do endividamento da empresa. A companhia encerrou o quarto trimestre de 2023 com um caixa líquido ajustado somado com dívidas com fornecedor e saldo de Crédito Direto ao Consumidor (CDCI) em R$ 2,19 bilhões negativos, valor 272,2% maior do que os R$ 590 milhões negativos do mesmo período de 2022.Ou seja, o atual endividamento da empresa, que soma o endividamento bruto com dívidas de fornecedor convênio mais o saldo CDCI, é equivalente a R$ 5,77 bilhões. O número é superior aos R$ 3,58 bilhões disponíveis no caixa da empresa. Ao subtrair o caixa disponível pela dívida, a companhia fica com R$ 2,19 bilhões negativos.A varejista usa esse número em seu balanço para apresentar a métrica de caixa líquido ajustado sobre Ebitda ajustado. Nesse quesito, o investidor vê com clareza essa piora no endividamento, que vai de 0,2 vez negativo para 1,8 vez negativo. Lima lembra que a varejista está conseguindo fechar acordos com credores para co for better SEO.