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Alta do dólar: entenda o que levou o câmbio ao maior valor desde março de 2023

Dólar vai a R$ 5,18, maior patamar desde março de 2023; entenda o que levou à alta do câmbio. Foto: Lisa Marie David/Reuters

A alta do dólar no pregão da bolsa de valores nesta quarta-feira, na contramão do Ibovespa, levou o câmbio a um novo patamar histórico. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 5,18, e especialistas explicam que, ao mesmo tempo em que a valorização da maior reserva de valor do mundo é global, o Brasil enfrenta “desafios domésticos” que provocam a fuga do câmbio.
Enquanto, do lado de fora, a incerteza sobre a escalada de violência no Oriente Médio provoca uma aversão ao risco do capital estrangeiro, no Brasil o maior risco ao investidor é o fiscal. Pelo menos, esta é a avaliação de economistas ouvidos pela Inteligência Financeira ao explicarem o que está por trás da alta do dólar.
A alta do dólar não é um movimento restrito ao Brasil. No mundo inteiro, dizem especialistas, a divisa norte-americana vem se fortalecendo.
Nesta quarta-feira, o dólar chegou a ultrapassar os R$ 5,20 na cotação máxima do dia no Ibovespa. A moeda norte-ameriacana encerrou o dia com ganho de 1,24% contra o real brasileiro, valendo R$ 5,18.
O principal motivo da alta global do dólar, na visão de Felipe Sales, economista-chefe do C6 Bank, é a resiliência da economia dos Estados Unidos.
Os últimos dados de inflação ao consumidor dos EUA (CPI) vieram acima do esperado pelo mercado. Houve o avanço de 0,4% no principal índice de preços do país, enquanto a projeção de analistas era de uma expansão de apenas 0,3%. Além disso, as vendas do varejo do país também surpreenderam economistas nesta segunda-feira.
“Esses dados deixaram claro que é improvável que o banco central americano, o Fed, corte juros em breve”, diz Sales. “Inclusive existe a chance do BC americano nem cortar juros neste ano”, completa.
Os fortes números da economia americana, mesmo sob efeito da atual taxa de juros de 5,25% a 5,50% ao ano, azedaram expectativas na magnitude de cortes do Fed. Esta é a avaliação de Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos
“Antes o mercado trabalhava com seis cortes, agora discute se serão um, dois ou três”, comenta o economista. “Assim, com juros ‘higher for longer‘ a tendência é que o dólar fique mais firme nos mercados externos, fora as questões geopolíticas, como as guerras que ajudam a pressionar o câmbio”, prossegue.
O agravamento do conflito no Oriente Médio também traz ainda mais incerteza ao investidor global. O ataque de Irã contra Israel no último sábado provoca uma fuga de capital estrangeiro à maior reserva de valor do mundo: o dólar.
“Além da alta dos Treasuries, tivemos a escalada de conflito no Oriente Médio. Apesar dos pedidos de cessar-fogo, vemos autoridades importantes de Israel afirmando que haverá retaliação”, afirma Yan Vasconcellos, sócio da One Investimentos.
De acordo  

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