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Previdência privada aposta em usabilidade, digitalização e produtos para atrair clientes

Planejamento de previdência privada. Ilustração: Renata Miwa

Se apenas 10% da população brasileira entre 20 e 64 anos possui previdência privada atualmente, a oportunidade para abocanhar esse mercado está batendo à porta. Com um cenário positivo para a reflexão sobre a aposentadoria junto ao aumento de quase 24% na arrecadação do segmento, empresas têm buscado driblar os tradicionais “bancões” para conquistar potenciais clientes, apostando em usabilidade, digitalização e diversificação de fundos e gestores na prateleira para atrair para uma área que é comumente preterida.
O momento positivo para crescimento da previdência privada vem de fatores macro como a maior conscientização sobre os desafios da previdência pública – em meio à repercussão da reforma de 2019 – e a queda do desemprego – que aumenta a base de contribuições -, na avaliação de Felipe Bruno, vice-presidente comercial da Onze, fintech voltada à soluções de previdência e saúde financeira. Ele acrescenta que os novos marcos regulatórios para previdência complementar também têm contribuído para oferecer mais confiança ao mercado.
E os números de previdência privada aberta de fato têm melhorado. A arrecadação dos planos no Brasil chegou a R$ 31,2 bilhões no primeiro bimestre de 2024, uma alta de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Já os resgates caíram 1,6% no comparativo, para R$ 21,4 bilhões.
“Em geral, o ser humano quer estar bem agora ao mesmo tempo em que quer ter uma mínima certeza de que se ele puder tomar uma decisão, ele vai querer usufruir no futuro de recursos em que investe”, afirma Amâncio Paladino, diretor de Produtos da XP Vida e Previdência. “Claro que a pessoa precisa ter o recurso disponível para aportar em previdência, mas sem entrar nesse mérito, as pessoas precisam ter consciência de que é necessário poupar pensando no futuro. E essa agenda está no discurso do mercado hoje.”
O executivo tem visto o aumento de interesse dos investidores – dada a base da XP – em fazer um planejamento a longo prazo. Com atuação há cinco anos e com quase R$ 60 bilhões de ativos sob custódia, a XP é líder de portabilidade e tem forte operação em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), que traz maior benefício fiscal na fase de acumulação de patrimônio.
Outro dado apontado por Bruno, da Onze, gosta de olhar é o de ativos em planos de previdência privada aberta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), hoje em 13%, cerca de R$ 1,4 trilhão. “A poupança previdenciária do Brasil está em um número bom, mas longe de outros países que têm uma regulamentação mais sofisticada e políticas que fomentam o setor. Então ainda temos um longo caminho a percorrer, mas a tendência é positiva”, afirma. A Onze possui cerca de 100 mil pessoas atendidas d  

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