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Casas Bahia (BHIA3) sobe 36% no Ibovespa após pedido de recuperação extrajudicial

Loja das Casas Bahia. Foto: Divulgação/Empresa

Mesmo sob a sombra do pedido de recuperação extrajudicial protocolado na CVM no domingo (28), as ações da Casas Bahia (BHIA3) dispararam acima de 36% no Ibovespa nesta segunda-feira (29), a maior alta do índice até a tarde do pregão, às 16h25.
Para analistas, o plano de reestruturação da varejista, envolvendo o alongamento de prazo para pagar uma dívida de R$ 4,1 bilhão, comprou tempo para aliviar a pressão sobre a geração de caixa da Casas Bahia.
O pedido de recuperação extrajudicial foi pré-acordado com os principais credores da rede de lojas, Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4). Juros mais baixos adiante também podem ajudar a varejista, pela ótica do mercado.
A ação da Casas Bahia (BHIA43) começou o pregão da bolsa de valores desta segunda-feira (29) em alta. Por trás do movimento, o mercado vê uma melhora da situação financeira da varejista e alívio pelo lado da geração de caixa.
Conforme comunicou ao mercado na noite de domingo, o pedido traz impacto positivo de R$ 4,3 bilhões no caixa da Casas Bahia pelos próximos quatro anos. Neste ano, o impacto seria de R$ 1,5 bilhão.
Isso porque houve alongamento no prazo de pagamento da dívida: de 36 a 72 meses.
Ao fim do pregão, o papel da Casas Bahia (BHIA3) saltou 36,76% no Ibovespa, terminando o dia, assim, em primeiro lugar entre as ações em alta. Enquanto isso, o principal índice do mercado brasileiro teve avanço.
Analistas do mercado veem como surpreendente o anúncio feito pela Casas Bahia de renegociação de dívida com Bradesco e BB.
Juntos, os dois bancos detêm cerca de 54% das dívidas do grupo. A varejista, assim, informou que o acordo vale também para credores pulverizados porque foi pré-acordado com seus dois maiores credores.
“Pegou o mercado de surpresa”, diz Carlos Daltozo, chefe de análise da Eleven Financial.
Na visão da Eleven, a reestruturação de dívida foi “um bom caminho” para a Casas Bahia “uma vez que é menos custoso do que uma recuperação judicial”.
“Um dos destaques aqui é que a varejista ganha mais prazo de pagamento da dívida. A questão principal do mercado é exatamente o pagamento de dívidas que venciam neste e no próximo ano. Então esse reperfilamento da dívida traz um alívio para o caixa nesses próximos meses”, diz o chefe de análise da Eleven.
O mercado também destaca que houve renegociação sobre o custo de pagar a dívida bilionária. De acordo com a Casas Bahia, o custo sobre os débitos com BB e Bradesco caiu em 1,5 ponto percentual.
Gabriel Boente, analista da Varos Research, afirma que a ação da varejista também sobe porque “a dívida da companhia ficou mais barata, aliviando o caixa”. Segundo estimativas da Eleven, a redução de 1,5 p.p. pode gerar uma economia de pagamento de juros de cerca de R$ 400 milhões à Casas Bahia.
Com a previsão de queda da Selic em 2024, a Casas B  

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