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Ibovespa fecha em queda de 1,4 mil pontos, antes de feriado e decisão de juros do Fed

Não deu. A alta consistente da véspera não se manteve hoje e o Ibovespa caiu 1,12%, aos 125.924 pontos, uma perda superior a 1.427 pontos, para levar o mês de abril a fechar no vermelho, com 1,7%, o segundo seguido (março fechou com menos 0,71%). O dólar também quebrou uma sequência de duas quedas seguidas e subiu forte: mais 1,5%, a R$ 5,19. Os juros futuros (DIs) também subiram de forma consistente por toda a curva. Esse quadro negativo no fechamento do mês tem um “culpado”: o Federal Reserve.Nesta terça-feira, o banco central norte-americano começou sua reunião de dois dias para definir a taxa de juros. O problema é que essa definição vem só nesta quarta-feira, dia 1º de Maio, feriado no Brasil e em muitos outros países do mundo – nos EUA, o Dia do Trabalho é comemorado só em setembro. Daí, a cautela vista em Wall Street se potencializou em São Paulo, que não abre amanhã. Rafael Perretti, trader da Clear Corretora, lembra que “a política monetária nos EUA é que dita praticamente o ritmo do mundo, porque é a taxa livre de risco. Então, isso impacta diretamente a nossa política monetária e podemos ver uma reprecificação dos ativos domésticos”.Foi o que aconteceu hoje. Wall Street ainda pesou com o Índice de Custo de Emprego (ECI, na sigla em inglês), a medida mais ampla dos custos de mão de obra, que aumentou 1,2% no último trimestre, após uma alta não revisada de 0,9% no quarto trimestre do ano passado, o que levantou mais preocupações. Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, destaca que o cenário atual nos EUA ainda é de um mercado de trabalho aquecido, com taxa de desemprego baixa e salários crescendo acima da produtividade. “Os indicadores de inflação subjacente, que excluem itens voláteis e não recorrentes, calculados pelo próprio Fed, mostram a inflação estabilizando em patamar elevado, entre 3% e 4%, acima da meta [que é de 2%]”, comenta a economista.Francisco Nobre, economista da XP, concorda com essa leitura. “Os dados divulgados desde o começo do ano vieram mais duros tanto do lado da inflação quanto do lado do mercado de trabalho e também da atividade como um todo”, compara.A tendência é que o Fed mantenha as taxas amanha nos níveis atuais, mas o mercado estará atento tanto ao comunicado da autoridade monetária, quanto à entrevista do presidente do banco central, Jerome Powell. “O futuro dos juros permanece incerto, e a volatilidade nos mercados deve persistir pelo menos até que Powell se pronuncie”, disse à Reuters Diego Costa, chefe de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio.No Brasil, o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, disse que o Copom precisará avaliar os dados econômicos antes de tomar sua decisão sobre juros na reunião de política monetária da semana que vem, e alertou repetidas vezes que sua posição é de “cautela”. “A minha posição é de cautela, eu preciso avaliar os números para tomar  

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