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Juros: taxas caem em reação tardia a Fed menos austero que o esperado

PublicidadeAs taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) voltaram do feriado em baixa, refletindo a percepção de que o Federal Reserve foi menos austero do que o esperado ao anunciar a decisão de política monetária e reagindo à decisão da agência de classificação de risco Moody’s de elevar a perspectiva do rating brasileiro, de estável para positiva.Ontem, o banco central americano manteve os juros dos Estados Unidos intactos, como era amplamente previsto, e o presidente da instituição, Jerome Powell, afastou a hipótese de um aumento nas taxas. Além disso, o Federal Reserve vai diminuir a intensidade da redução do balanço, drenando um volume menor de liquidez do sistema financeiro a partir do mês que vem. Esta medida, especificamente, tem impacto relevante na perspectiva do mercado.Segundo o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia, o ajuste na política do balanço equivale, sozinho, a um corte de 0,15 a 0,20 ponto porcentual nos juros americanos e sinaliza que o Fed quer evitar um aumento do juro longo. “Essa taxa afeta muito o Brasil, o mundo inteiro. A taxa tendo um comportamento um pouco mais benigno deve ajudar os mercados emergentes”, afirmou.Continua depois da publicidadeMesmo com a queda dos juros hoje, o investidor ainda adota uma postura de cautela, com a curva indicando expectativa de dois cortes de 0,25 ponto porcentual na Selic daqui para frente – diferente do que aponta o guidance do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), de pelo menos mais um corte de 0,50 ponto na semana que vem.O head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, explica que no início do ano havia uma expectativa de muito mais cortes tanto da taxa dos Fed Funds quanto da Selic, e destaca que a correlação entre a curva americana e a brasileira está elevada.“Quando aconteceu a reprecificação da curva americana, reprecificou a nossa curva. O Copom vai ser cauteloso porque, se continuar cortando mais forte, o real vai se desvalorizar”, afirmou Weigt, que espera um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic na próxima quarta-feira. “As expectativas de inflação da Focus estão subindo um pouco. Tem que ser 3,00%, está em 3,60%. Isso pesa bastante”, acrescentou.Continua depois da publicidadeNão há consenso, porém, de que o próximo corte na Selic fugirá do guidance do Copom. Pedro Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, ressalta que a inflação medida pelo IPCA está sob controle, e acredita que o Banco Central seguirá o plano de voo apresentado na reunião de março.“A grande questão vai ser o que será falado após essa decisão e o que vai ser sinalizado daqui para frente. O cenário, exceto pelo lado fiscal, parece estar confirmando um corte na linha dos 0,50 ponto porcentual”, avaliou. Miraglia também espera um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic.No fechamento, a taxa do contrato para janeiro de 2025 caiu a 10,215%, de 10,3  

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