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IPCA+9% pode ser realidade para driblar a queda da Selic?

Títulos que pagam IPCA+9% são, em geral, ativos de maior risco, o que requer mais atenção do investidor. Foto: Freepik

Títulos de renda fixa atrelados à inflação, os chamados IPCA+, têm como um dos principais atrativos ao investidor a promessa de corrigir o investimento pela alta dos preços e ainda oferecer um percentual de rentabilidade real. Mas qual é o limite? É possível, por exemplo, um título pagar uma taxa como IPCA+9%? Se sim, de que produto estamos falando?
Em primeiro lugar, é preciso entender que estamos falando de um juro real alto. Portanto, são mais raros os produtos que oferecerão um ganho de 9% acima da inflação. Quando isso acontece, em geral são ativos de um nível mais alto de risco.
“Títulos que pagam esse nível de taxa geralmente são ativos isentos como CRIs, CRAs ou debêntures, porém geralmente é um perfil de emissor mais estressado ou de um setor mais arriscado/menos perene, como varejo e educacional”, afirma Vítor Oliveira, especialista em renda fixa da One Investimentos.
“Ou seja, na maioria das vezes são créditos mais arriscados, com ratings mais baixos ou mesmo sem, comumente chamados de crédito high yield”, prossegue o especialista. Ou seja, títulos assim existem e traremos alguns exemplos, mas o grande alerta é que não serão para todos os tipos de investidores.
Para o investidor, é preciso entender a lógica por trás dos produtos da renda fixa.
Nessa modalidade de investimento, se aplica um valor em condições pré-combinadas.
Especificamente em títulos IPCA+, sejam eles títulos públicos ou privados, o acordo é repor ao investidor a inflação do período mais um adicional.
Essa taxa extra varia, especialmente, conforme o tempo que o investidor vai dispor do recurso e qual o patamar de risco que está embutido naquele investimento. Uma boa referência são as taxas do Tesouro IPCA+.
É o menor nível de risco do mercado, uma vez que conta com a garantia do próprio Estado, que é o emissor da moeda.
Hoje, o Tesouro IPCA+ está pagando taxas em patamares considerados altos. Além da inflação, os títulos remuneram o investidor em taxas que oscilam entre 6,12% e 6,20% ao ano.
Portanto, emissores privados que querem atrair investidores oferecem taxas mais altas, para compensar um nível de risco mais elevado.
Se o objetivo é ganhar IPCA+9% ao menor risco, a avaliação é que isso é improvável. “Historicamente, o Tesouro Direto nunca chegou a pagar IPCA+9%, bem difícil dessa realidade acontecer”, afirma Vítor Oliveira, da One.
Entre títulos que pagam taxas nesse patamar de IPCA+9, o especialista em renda fixa cita como exemplos emissões recentes como um CRA emitido pela rede de restaurantes Madero ou um CRI emitido pela empresa de educação Cogna.
“Esses papéis são mais estressados, mas pagam bem por esse risco. Geralmente se encaixam bem para investidores de perfil mais sofistifcado ou arrojado e que acima de tu  

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