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Verde alerta para cenário sem corte do Fed e eleição de Trump nos Estados Unidos

Entre Donald Trump (foto) e Joe Biden, a Verde Asset vê uma maior chance de reeleição do democrata neste momento. Foto: Alan Santos/PR

Se a resiliência da inflação não permitir o corte de juros nos Estados Unidos e ainda o republicano Donald Trump ganhar a corrida à Casa Branca, com “políticas inflacionárias e disruptivas” para a cadeia global de comércio, “a gente pode entrar em um mundo que sai de um choque para outro choque, e é um mundo que nunca alivia”, afirmou Daniel Leichsenring, economista-chefe da Verde Asset.
A inflação americana, que vinha cedendo com força, passou a demonstrar dados piores no começo do ano, observou Leichsenring durante evento anual da gestora nesta terça-feira (7) em São Paulo.
Algumas métricas rodam em 4% anualizadas e, na média de seis meses, estão perto de 3%. “Não é muito alto, mas claramente a inflação deixou de cair”, afirmou.
Sem considerar o aluguel, no entanto, o núcleo da inflação ao consumidor voltou para 2%, na média de seis meses, notou Leichsenring.
“Não é nenhuma catástrofe. Às vezes, você vê as notícias e parece que a inflação está saindo do controle, mas acho que é muito longe de ser o caso”, disse.
Leichsenring afirmou ter “muita convicção” de que a inflação do aluguel nos EUA vai voltar a ceder ao longo dos próximos meses. “Estou um pouco mais confortável com essa tese”, disse.
Ainda que a economia americana como um todo esteja mostrando resiliência e surpreendendo para cima, Leichsenring mostrou dados indicando que as pequenas e médias empresas americanas estão sentindo os efeitos da política monetária apertada.
Pesquisas sobre a intenção de contratação entre as empresas desse porte são um bom antecedente para o comportamento do mercado de trabalho dos Estados Unidos, segundo Leichsenring.
“Quando o plano [dessas empresas] para ampliar o emprego cai bastante, está associado a altas relevantes de desemprego”, observou.
Essas empresas, segundo Leichsenring, operam como se a taxa de desemprego estivesse na casa de 5,5% a 6%, bem mais do que a taxa observada no agregado da economia.
“Essas empresas são responsáveis por 42%, 43% do emprego nos Estados Unidos. Não é razoável achar que elas vão ficar mal por um período indefinido e o mercado de trabalho permanecer bem”, afirmou.
Diante desse cenário e de alguns fatores mais temporários que estão sustentando a economia americana, Leichsenring disse achar “mais razoável que a gente, de fato, se engaje num ciclo de corte de juros adiante”, e não apenas nos Estados Unidos.
Ainda que esse ciclo seja menor do que o previsto anteriormente, reconheceu Leichsenring, o mundo, no fim desse período, vai ter uma cara melhor do que atualmente, quando se encontra no auge do aperto monetário.
Essa revisão do ciclo “não muda muito a figura pensando um ano, um ano e meio adiante”, disse Leichsenring.
Os riscos para es  

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