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Para Galípolo, ambos votos do último Copom são ‘defensáveis do ponto de vista técnico’

Gabriel Muricca Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou hoje em evento da Unifei que tanto o corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) quanto o de 0,5 p.p. na Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) são pontos “absolutamente defensáveis do ponto de vista técnico”.
Na última reunião, o Copom decidiu por reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% para 10,50% ao ano. Cinco membros votaram pelo corte de 0,25 p.p. e outros quatro, pela redução de 0,50 p.p. Galípolo votou pelo corte maior.
O diretor relembrou que na primeira fala pública dele após a decisão, no Summit Valor Econômico em Nova York, ele “deliberadamente” passou a maior parte da fala defendendo mais quem votou pelo corte de 0,25 p.p. “do que efetivamente meu voto”.
Galípolo afirmou que o arcabouço institucional da política monetária prevê que o “poder democraticamente eleito” determina a meta de inflação e “cabe à autoridade monetária colocar taxa de juros no patamar restritivo suficiente pelo período que for necessário para que a inflação convirja para a meta”.
O diretor explicou que, neste ciclo de Copom, houve um processo de elevação de incertezas com “uma série de fatores”. Galípolo ressaltou um mercado de trabalho mais apertado do que se esperava originalmente e a reprecificação da política monetária americana (com redução da expectativa de cortes de juros). “Tudo isso agregou volatilidade e uma reprecificação que fortaleceu o dólar e aumentou a volatilidade, em especial para moedas de países emergentes.”
Nesse cenário, a colocação do Copom era um “trade-off” entre duas alternativas que “igualmente estão revelando do ponto de vista de manejo de política monetária um compromisso com a meta de inflação e colocar a inflação na meta”. Galípolo ressaltou que tanto 0,25 p.p. quanto 0,5 p.p. estão no intervalo de confiança do modelo.
O diretor disse, então, que fazer uma redução do ritmo de corte tem um valor do ponto de vista de sinalização, de que “estou mais preocupado com ambiente que ficou mais adverso”. Segundo o diretor, o trade-off seria justificar que tinha ocorrido uma mudança substancial no cenário “a ponto de justificar você não cumprir o que fez como orientação”.
Segundo Galípolo, ele próprio vinha em um longo ciclo de comunicação sobre questões relacionadas à comunicação oficial do Copom. “Desde que a barra era alta para largar o guidance, que era preciso ter parcimônia e serenidade nas reações em função da volatilidade do mercado, de que não existia relação mecânica entre taxas de juros internacionais e a nossa taxa de juros, de que não existia relação mecânica entre política fiscal, teve também mudança de meta fiscal durante esse período, e a   

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