Ações em alta: JBS (JBSS3) sobe 23% e lidera altas em maio; IRB (IRBR3) tomba 25% no mês
Os frigoríficos dominaram o bloco de ações em alta na bolsa de valores em maio. O setor surfou um bom desempenho, com valorização de mais de 23% para os papéis da JBS (JBSS3) no Ibovespa.
Os resultados das empresas de proteína animal ganharam destaque no mês por superarem expectativas de mercado, como no caso da dona da Friboi e Seara. Logo atrás no índice, as ações da Marfrig também obtiveram ganhos de 19%.
Por outro lado, ações de petroleiras e do setor de Educação amargaram fortes perdas no mês. A principal queda, contudo, ficou com a IRB Brasil (IRBR3). As ações da resseguradora no Ibovespa despencaram 25,71%, com investidores observando sob cautela os efeitos das enchentes no Sul do Brasil e os impactos sobre pagamentos da IRB.
Veja em seguida os principais destaques das ações em alta e em baixa em maio.
As ações de JBS e Marfrig ocuparam a primeira e segunda posição do ranking de ações em alta em maio.
A dona da Friboi e Seara ocupou o topo da tabela porque mostrou fortes resultados trimestrais ao mercado. Segundo Matheus Mesquita, fundador da One Investimentos, os números do frigorífico para o primeiro trimestre vieram “bem acima do consenso de mercado e indicando melhorias operacionais em todas as unidades de negócio”.
O Itaú BBA viu o balanço do frigorífico como uma “surpresa positiva”, principalmente nas primeiras linhas: os lucros de caixa operacional (Ebitda) vieram acima das estimativas do banco para todas as três marcas da empresa: Seara, Friboi e Swift.
Em suas projeções, o banco de investimentos esperava um Ebitda consolidado de R$ 5,1 bilhões, enquanto a JBS registrou lucro operacional de R$ 6,2 bilhões.
Assim, a margem Ebitda atingida pelo frigorífico no primeiro trimestre chegou a 7,2%, frente a uma estimativa de 5,8% do Itaú BBA.
Já para a Marfrig, a alta nas ações veio pelo bom desempenho da controlada no primeiro trimestre de 2024. O frigorífico, apesar de reportar resultados considerados “mistos” segundo o mercado, surfou a onda do lucro da BRF (BRFS3) no primeiro trimestre.
Entre janeiro e março, a dona da Sadia obteve lucro líquido de R$ 594 milhões, revertendo, assim, um prejuízo de R$ 1 bilhão um ano antes.
As ações da Marfrig (MRFG3) saltaram 11% no dia seguinte após o resultado da BRF. A dona da Sadia, inclusive, teve a quarta maior alta do Ibovespa em maio.
JBS ON (JBSS3): +23,42%
Marfrig ON (MRFG3): +18,84%
Vamos ON (VAMO3): +14,06%
BRF ON (BRFS3): +10,01%
Engie ON (EGIE3): +9,11%
Embraer ON (EMBR3): +8,64%
Hapvida ON (HAPV3): +7,86%
CPFL ON (CPFE3): +6,90%
Rede D’or ON (RDOR3): +5,62%
CSN Mineração ON (CMIN3): +3,82%
Por outro lado, dentre as ações com piores desempenhos no Ibovespa em maio, duas são do setor de educação e outras duas são de petroleiras.
Mesmo assim, na ponta oposta das ações com maiores altas, os ativos da IRB Brasil fecharam o mês com baixa de 26,06%. Os resultados da resseguradora para o primeiro trimestre foram neut