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Dividend yield pode ser uma armadilha para os investidores de fundos imobiliários

Nos últimos 12 meses, 43,5% dos fundos imobiliários do Ifix registraram crescimento dos valores pagos aos cotistas. (Foto: Freepik)

Quando o assunto é fundo imobiliário, é comum que a distribuição de dividendos seja uma das métricas mais consideradas pelos investidores para a tomada de decisões. Porém, essa é uma análise que requer cuidado. Na teoria, quanto maior o dividend yield, maior é a renda recebida. Mas, há algumas armadilhas. 
Um levantamento feito pela Empiricus Research e compartilhado com exclusividade para a Inteligência Financeira retrata bem esse cenário.
Caio Nabuco e Pedro Niklaus, analistas da casa, aprofundaram a discussão sobre dividend yield a partir de um estudo realizado com os fundos presentes no Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) nos últimos 12 meses.
Neste um ano, 43,5% dos fundos registraram crescimento dos valores pagos. Já 45,4% diminuíram, enquanto 11,1% apresentaram estabilidade.  
De acordo com o levantamento, os FIIs de shopping lideram essa alta. “Diretamente impactados pelas restrições de mobilidade impostas ao longo da crise sanitária no país [no período de pandemia], os fundos de shopping centers continuam se destacando na ótica de rendimentos”, ressaltam os analistas no relatório.  
De acordo com os especialistas, para contornar a situação sanitária muitos gestores de FIIs do setor concederam descontos aos lojistas e cessaram a distribuição de proventos durante os períodos mais críticos. Depois deste período mais desafiador, o segmento de shoppings mostrou uma recuperação robusta, com destaque para os últimos dois anos. 
“Na parte operacional, houve uma diminuição da necessidade de descontos por parte das operadoras dos empreendimentos”, destacam. Tudo isso contribuiu para a retomada do nível de distribuição dos fundos no período. 
Já as lajes corporativas, que sofreram com o aumento das taxas de vacância durante a pandemia, têm apresentado consecutivos trimestres de recuperação. De acordo com o estudo, dados de preço de aluguel se estabilizaram em um ambiente menos desfavorável aos proprietários. Com isso, a média dos fundos de escritórios registrou alta de 6% em seus rendimentos nos últimos 12 meses. 
De acordo com os analistas, parte deste crescimento também está relacionada à mudança de cenário conjuntural da indústria de FIIs, com aumento do setor e a oportunidade de readequação da estrutura de capital dos fundos com a queda da taxa Selic. 
Assim, os fundos de crédito apresentaram resultados mistos quando o assunto é dividend yield. “Bastante beneficiado pelo cenário macro de juros e inflação elevada nos últimos anos, o segmento de crédito ganhou bastante espaço na indústria no período, justamente por entregar um yield médio na casa de dois dígitos”, explicam os analistas.  
Mas aí está o pulo do gato. Por outro lado, eles destacam que esse patamar elevado de distri  

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