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Aeroporto de Porto Alegre só reabre em 2025 e União deve arcar com boa parte da reconstrução

Aeroporto de Porto Alegre inundado pelas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, só deverá ser reaberto no ano que vem, e o governo federal deve arcar com boa parte da reconstrução do local. As informações foram dadas ao Valor por duas fontes do primeiro escalão do governo.
O Salgado Filho completa hoje um mês sem operações por conta das enchentes que destruíram boa parte da infraestrutura do Estado.
Uma vistoria completa ainda será feita, mas a constatação inicial é a de que, em um cenário muito otimista, a reabertura poderá ser feita na segunda quinzena de dezembro. A realidade, diz uma das fontes, é que o aeroporto adentrará 2025 sem nenhum pouso e decolagem.
A constatação decorre do que se pôde ver até o momento nos equipamentos e instalações do Salgado Filho. Todos os equipamentos de raio-x e de sinalização de pista, por exemplo, parecem estar comprometidos.
Segundo uma das fontes, esses equipamentos são todos importados e fabricados sob encomenda. E, uma vez encomendados, podem demorar “pelo menos seis meses” para chegar ao Brasil.
Outro auxiliar direto de Lula avalia que um dos principais motivos para o fechamento prolongado do aeroporto são os danos na pista de pousos e decolagens. A explicação é que a inundação tende a causar infiltração no asfalto e, consequentemente, expandir o concreto.
Desta forma, um desfecho já considerado nos bastidores é que a União tenha que reconstruir toda a pista do aeroporto, o que exige um tempo considerável. Além disso, houve perde significativa de todos os equipamentos e cabos que ligam estruturas na pista à torre de controle.
Nesse sentido, o governo deve arcar com boa parte desses trabalhos de reconstrução. Isso porque “está pacificado que serviços não previstos no contrato original não podem ser imputados à concessionária”, explicou uma das fontes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) participou de reunião entre autoridades federais, locais, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a concessionária Fraport, na manhã desta segunda-feira, onde essa tese foi ratificada.
Participaram o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, além de técnicos da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da presidente da Fraport, Andrea Pal.
Pela manhã, Pimenta e a comitiva também realizaram uma vistoria no aeroporto. Uma dimensão mais precisa sobre os custos de produção só ocorrerá após perícia.
Além disso, ainda é preciso avaliar que equipamentos estavam protegidos por seguro para definir o quanto o governo terá que desembolsar nas obras de recuperação do Salgado Filho.
Com informações do Valor Econômico  

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