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Índice de memecoins subiu mais de 250% no ano: vale a pena investir? 

A Dogecoin é uma das prinicpais memecoins negociadas no mercado. (Foto: Jakub Porzycki/NurPhoto/Reuters)

Já faz um tempo que os memes deixaram de ser apenas uma brincadeira viral na internet e chegaram ao mercado financeiro. As memecoins – moedas criadas a partir desses memes do mundo digital – fazem parte do universo das criptomoedas e podem valer muito.  
“O conceito de memecoins é intrinsecamente ligado à cultura da internet. São tokens que, diferentemente aos ligados à projetos tradicionais como o bitcoin ou o ethereum, não prometem usabilidade concreta ou tecnologia revolucionária”, explica Renato Duarte, especialista em investimentos do Grupo Fractal. 
De acordo com Duarte, na maioria das vezes as memecoins nascem com um propósito mais satírico ou como uma brincadeira, sem um plano de longo prazo ou um projeto sólido por trás. “Porém, é precisamente essa falta de seriedade que atrai um grande número de adeptos”, ressalta. 
Pensando em tornar esse mercado mais palpável, a MarketVector, subsidiária da gestora americana VanEck, criou um índice que acompanha as seis principais memecoins. São elas: Dogecoin, Shiba Inu, Pepe, Dogwifhat, Floki Inu e Bonk. Além disso, os números do MarketVector Index impressionam: nos últimos 12 meses, o índice subiu 265,18%.  
“Dentro desse índice estão as maiores memecoins. Cada cripto não pode passar de 30% do peso para garantir uma diversificação. Já a capitalização total desse mercado de memecoins é aproximadamente US$ 51 bilhões e o índice consegue acompanhar por volta de US$ 44 bilhões, bem próximo desse valor”, explica Julio Andreoni, especialista em criptomoedas do Bitybank. 
Ele explica que nos últimos meses as memecoins surfaram a onda do bitcoin. “No começo do ano, a aprovação dos ETFs trouxe bastante fluxo, com o bitcoin e outras criptos subindo. Além disso, a cultura do mundo de apostas fez com que esse novo ciclo de memecoins ficasse mais forte ainda”, ressalta. 
Dando um passo atrás, Julio fala sobre o próprio nome dessas moedas. “Elas nasceram por conta de um meme na internet, uma piada. Sua própria criação não tem tanto fundamento e utilidade comparado a outros criptoativos do mercado”, explica. Algumas delas, como Dogecoin e Shiba Inu por exemplo, até têm uma certa utilidade, podendo ser usadas em alguns meios de pagamento.  
“Deve-se olhar a fundo cada tipo de memecoin, mas como um todo vejo que é uma tese de apostas. Além disso, é um dos setores mais arriscados do mercado de criptoativos. Por ser uma tese de especulação, sugiro que o investidor que quer colocar o pé saiba que pode perder tudo o que investir, já que é altamente arriscado”, ressalta o especialista. Ou seja, há um grande risco de desvalorização imediata.  
Já na visão de Renato, o fenômeno das memecoins revela muito sobre a natureza humana e a psicologia das massas.
“A volatilidade extrema e  

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