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Taxa do Tesouro Prefixado encosta nos 12% ao ano: é hora de investir? E como fica a marcação a mercado?

Cenário incerto sobre futuro das taxas de juros e inflação divide especialistas sobre marcação a mercado de títulos prefixados. Foto: Freepik

Há um mês, o Tesouro Prefixado 2031 ofertava ao investidor uma rentabilidade de 11,47% ao ano. Na última quarta-feira (29), o mesmo título era pagava mais de 12% de rendimento ao ano. O que isso significa para o investidor? Vale a pena investir agora, considerando também a marcação a mercado?
Para especialistas ouvidos pela Inteligência Financeira, vale a pena investir, sim. Isso uma vez que a rentabilidade prefixada próxima a 12% ao ano é considerada alta no atual contexto brasileiro. Contudo, é sempre indispensável levar em conta seu perfil de investidor, objetivo de prazo e grau de tolerância a riscos.
O Tesouro Prefixado 2031 era negociado na tarde de segunda-feira (3) a uma taxa de rentabilidade de 11,96% ao ano. A taxa básica de juros, a Selic, foi reduzida para 10,50% ao ano na última reunião do Copom do Banco Central.
“12% é um ótimo patamar de taxa para se pegar, apesar de que ainda possam ter momentos que essas taxas possam ficar ainda mais altas. Então, 12% é um ótimo prêmio para uma carteira de longo prazo. Isso até até permite uma saída antecipada agiada quando as taxas voltarem a negociar abaixo disso”, afirma Vítor Oliveira, especialista de renda fixa da One Investimentos.
“Consideramos 12% um patamar atrativo. As nossas projeções de inflação indicam que o Banco Central não terá espaço para reduzir a Selic, contudo, também não acreditamos que será necessário subir os juros além do que temos hoje. Por isso, vemos uma assimetria para baixo e não para cima nos níveis atuais”, argumenta Laís Costa, analista da Empiricus Research.
De acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, há algumas razões para a alta nas taxas do Tesouro Prefixado. A principal é a mudança nas expectativas do mercado para a inflação, que vem subindo nas últimas edições do boletim Focus. Com um olhar mais preocupado para a inflação, o prêmio risco exigido para o Tesouro captar recursos aumenta.
“Os juros estão subindo porque as expectativas de inflação futura estão se deteriorando, principalmente para 2025 que é o horizonte relevante do Banco Central”, afirma Laís Costa.
Outro fator listado, que é correlato ao da inflação, é o do cenário político. Vítor Oliveira cita preocupações com uma fala recente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que considerou a meta de inflação de 3% ao ano “exigentíssima e inimaginável”. Ele também ressalta a divisão do Copom, que optou por um corte menor de juros pelo apertado placar de 5 a 4, o que acentua expectativas para o futuro das decisões do comitê.
A esses dois pontos, o planejador financeiro Marlon Glaciano soma as preocupações com risco fiscal no Brasil e os olhares para os movimentos de taxas de juros em outras economias ao redor do mu  

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