Dólar sobe a R$ 5,27 e Ibovespa reduz perdas com elétricas em alta
A bolsa de valores hoje recuava no início do dia com grande perda do setor de commodities. A desidratação das empresas relacionadas aos materiais básicos se acentuou, mas a alta dos bancos e das empresas de energia reduziram as perdas do Ibovespa. Enquanto isso, o dólar vai experimentando novos ganhos.
Assim, o petróleo Brent e o gás natural recuavam 1% e 2%, respectivamente. O minério de ferro despencou 6,31%, acompanhando a fraca demanda chinesa. Enquanto isso, as empresas de energia apresentam ganhos.
Num cenário de perspectiva de inflação mais alta, distribuidoras de energia elétrica e outras empresas do setor de utilities são uma boa proteção, segundo relatório do Santander.
Agora, perto das 12h30 desta terça-feira (4), o Ibovespa descia 0,46%, a 121.469,99 pontos. Anteriormente, o índice atingiu mínima de 120,9 mil pontos.
Nem o bom desempenho do PIB, impulsionado pelo consumo das famílias e fortalecimento do investimento em produção, conseguiu levar o Ibovespa para o campo positivo.
Silvia Matos, coordendadora do Boletim Macro do FGV Ibre destaca o papel do consumo das famílias como propulsor do PIB. Além disso, o aumento dos investimentos é algo a ser destacado, mas com ressalva.
“Este crescimento do investimento deve perder fôlego ao longo do ano”, diz Silvia, que destaca a “necessidade de sustentabilidade fiscal” para manter o aumento de investimentos no país.
Com o desempenho ruim do preço das commodities, há uma queda generalizada no segmento de materiais básicos e entre algumas das principais ações do Ibovespa. Veja:
Mineradoras e siderúrgicas
Vale (VALE) -1,66%
Usiminas (USIM5) -1,45%
CSN (CSNA3) -0,87%
CSN Mineração (CMIN3) -1,66%
Gerdau (GGBR4) -1,14%
Petroleiras
Petrobras (PETR4) -2,10%
Petrobras (PETR3) -1,37%
Prio (PRIO3) -2,74%
3R (RRRP3) -3,48%
PetroReconcavo (RECV3) -0,81%
Empresas de energia elétrica
CPFL (CPLE6) 1,28%
Eletrobras (ELET6) 0,56%
Eletrobras (ELET3) 0,42%
Cemig (CMIG4) 0,49%
Taesa (TAEE11) 0,38%
Eneva (ENEV3) 0,23%
Engie (EGIE3) 0,23%
Simultaneamente, o dólar avançava em relação ao real. A moeda norte-americana subia 0,54%, a R$ 5,2752, perto da máxima do dia.
Nem a leve baixa das Treasuries após aumento das expectativas de quedas dos juros ainda em setembro foi suficiente para desvalorizar a moeda mais importante do mundo ante a divisa brasileira.
Isso porque a queda no preço das commodities joga para baixo o preço do real, grande exportador de materiais básicos.
Mostra disso é que o dólar tem alta mais discreta no cenário global, com o DXY, índice global da moeda, avançando 0,15%, a 104,29 pontos.
Os preços do minério de ferro caem em meio a preocupações com a fraca demanda da China após a queda nas vendas de propriedades em maio.
Até agora, os estímulos recentes não conseguiram impulsionar a procura por habitação, escrevem os analistas da ANZ Research em nota.
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