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Tempo vai jogar a favor do BC com redução de ruídos, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (7) acreditar que o tempo vai jogar a favor da autoridade monetária, com a perspectiva de que ruídos que tenham contribuído para o aumento das expectativas de inflação sejam dirimidos.“A gente entende que tem alguns fatores que influenciaram as expectativas de inflação que estão ligados a ruídos que aconteceram. A gente acha o tempo vai jogar a favor do Banco Central porque parte desses ruídos vão ser dirimidos ao longo do tempo”, disse Campos Neto em evento promovido pela Monte Bravo Corretora, sem detalhar.Ele ressaltou que a decisão do BC de deixar de oferecer uma orientação sobre os passos seguintes da política monetária se deu exatamente pelo entendimento de que o tempo é relevante para entender melhor os desdobramentos nos cenários externo e doméstico.Segundo o chefe do BC, o Brasil vive um momento “atípico”, marcado por uma inflação corrente benigna acompanhada de expectativas do mercado para a inflação à frente que estão desancoradas.LEIA MAIS: Payroll: força da economia americana eleva o IPCA+2035 a 6,2%Ele defendeu que, mesmo que a inflação esteja convergindo para a meta, a desancoragem das expectativas precisa ser combatida pela autoridade monetária.“É importante entender a causa da desancoragem, mas independente da causa a gente tem que lutar contra a desancoragem”, afirmou.Campos Neto afirmou que o Brasil é um país conhecido por seus ruídos, mas que os investidores devem se atentar também aos ganhos estruturais recentes do ponto de vista econômico, que, de acordo com ele, têm se concretizado e se aprimorado.Economistas consultados pelo BC em sua pesquisa Focus têm piorado suas expectativas para a inflação nos próximos anos, aumentando a mediana da alta dos preços para os anos de 2024, 2025 e 2026.Nesta semana, a mediana das expectativas para 2025 — que ainda está no horizonte da política monetária atual do BC –, sofreu a quinta alta consecutiva. A inflação projetada para o próximo ano no Focus está em 3,77%, já mais distante do centro da meta perseguida pelo BC, de 3%.O cenário é mais positivo para o BC quando o assunto é a inflação do momento.O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,44% em maio, acelerando frente a abril, mas menos do que o esperado por economistas, que previam alta de 0,48%, segundo pesquisa da Reuters.No tema das finanças do país, Campos Neto reconheceu que há grandes questionamentos do mercado em relação à consistência do arcabouço fiscal, pontuando que a retirada de amarras de gastos públicos, com a desvinculação de despesas como as com saúde e educação, seria um “choque positivo”.LEIA MAIS: Selic: por que essa mula empacou no alto do morroInvestimentosNo evento, Campos Neto destacou a base estrutural sólida da balança comercial do país, fortalecida pela exportação de petróleo e melhora na produção de alimentos.E  

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