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O que explica a desvalorização das cotas do maior fundo imobiliário da B3?

As cotas do Maxi Renda (MXRF11), o maior fundo imobiliário em número de cotistas da B3, são negociadas ao longo desta semana no seu menor patamar de preço desde julho de 2022. Por volta das 12h desta terça-feira (29), os papéis do FII operam com perdas de 0,52%, sendo negociados a R$ 9,59. Já no acumulado de outubro, a desvalorização alcançou o patamar de 2,54%.

O pessimismo em torno do Maxi Renda se deve ao impacto da retomada do ciclo de alta de juros no Brasil. No início do ano, a expectativa dos investidores era de uma continuidade do ciclo de queda da Selic ao longo do ano, o que favoreceu o apetite a risco dos investidores. No entanto, as perspectivas mudaram com o ceticismo do mercado sobre a capacidade do governo cumprir as metas fiscais do País.

Dado esse contexto, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu elevar a Selic para o patamar de 10,75% ao ano e a tendência é de que novos aumentos aconteçam até dezembro. “Os juros no brasil estão em um patamar muito alto, remunerando o investidor facilmente a uma taxa de quase 13% ao ano com baixo risco”, diz Felipe Sant´Anna, especialista em mercado da Star Desk.

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A situação impacta também a performance do IFIX, índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados da B3, que apresenta uma queda de 3,36% em outubro. No entanto, o ambiente macroeconômico não representa o único fator para a depreciação do MXRF11 na bolsa de valores. Os investidores seguem descontentes com a atual distribuição de dividendos após as sucessivas emissões de cotas nos últimos anos.

“Trouxe uma certa desconfiança de que o aumento de capital estaria financiando a manutenção dos pagamentos”, informou Sant´Anna. O último pagamento do Maxi Renda aconteceu no dia 14 de outubro quando os cotistas foram remunerados com um dividendo de R$ 0,09 por cota. Apesar das circunstâncias não favoráveis ao fundo imobiliário, o especialista acredita que o momento pode ser interessante de compra.

“Graficamente falando, o fundo segue em tendência de alta, sendo possível dizer que o movimento de queda é natural. Quem aproveitar para comprar a cota mais barata pode lucrar quando (ou se) a Selic iniciar um ciclo de queda no futuro”, destacou Sant´Anna. Lançado em 2012, o Maxi Renda (MXRF11) possui uma estratégia de investimentos voltada para aplicações em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e de desenvolvimento imobiliário residencial.

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Autor: Daniel Rocha

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