DeepSeek x WEG (WEGE3): por que a nova IA da China derrubou as ações da empresa brasileira
Os papéis da WEG (WEGE3) caminham para fechar a sessão desta segunda-feira (27) com uma queda de mais de 8% – até o momento, o pior pregão desde 25 de outubro de 2023, quando a WEGE3 cedeu 10,11%. A causa da derrocada da fabricante de motores elétricos catarinense, entretanto, está no exterior: fundada no ano passado, a startup chinesa DeepSeek desenvolveu um novo “ChatGPT“, chamado “DeepSeek R1”. A grande diferença é que os custos para treinar a inteligência artificial (IA) não ultrapassaram os US$ 6 milhões – um valor que assombrou o mercado de IA. Como comparação, a Meta anunciou recentemente que investiria até US$ 65 bilhões para impulsionar o segmento na companhia.
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firmas como a fabricante de chips e líder em IA Nvidia (NVDA) desabaram com a notícia. Afinal, além de muito mais barato para desenvolver, o “ChatGPT chinês” também usou chips menos poderosos. “A queda dos papéis da Nvidia e seus pares hoje refletem a ameaça à hegemonia destes grandes fornecedores de capacidade computacional para as grandes firmas de tecnologia com a chegada de um concorrente mais eficiente. No entanto, reflete também um pouco da insatisfação de investidores com um setor que vem gastando muito para construção de datacenters e infraestrutura para impulsionar seus negócios de AI, mas sem que os retornos tenham sido confirmados até o momento”, afirmou o Inter, em relatório.
Por aqui, o impacto nas ações da WEG acontece porque a firma também tem exposição ao mercado de inteligência artificial. A multinacional é também uma das fabricantes do hardware das firmas americanas, como mostramos nesta reportagem. O movimento em WEGE3 também foi intensificado por uma realização de lucros, após a ação subir por seis pregões seguidos. Agora, os investidores analisam com cautela os impactos da chegada do novo aplicativo da DeepSeek.
“O fato de a DeepSeek ser uma companhia chinesa também traz à discussão o posicionamento do governo chinês quanto ao desenvolvimento e investimentos nos setores de Inovação e Tecnologia. Notícias como esta poderiam ser mais comuns no futuro e poderíamos estar falando das Big Tech chinesas também na próxima década”, ressalta o Inter.
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Autor: Jenne Andrade