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Como pagar menos impostos nos investimentos de renda fixa em 2025?

Hoje, vamos conhecer a história de Pedro (nome fictício). Ele sempre foi um investidor conservador e definiu como estratégia fazer aplicações fixas mensais em Tesouro Direto e CDB de grandes bancos, acreditando que estava no caminho certo para seu dinheiro render com segurança. Estava, até perceber que parte significativa dos seus lucros era consumida pelo imposto de renda.

O que Pedro não sabia — e muitos brasileiros ainda ignoram — é que existem alternativas para pagar menos impostos nas aplicações de renda fixa e potencializar significativamente a rentabilidade líquida do seu portfólio.

Em 2025, com a taxa Selic ainda em patamares elevados, os investimentos de renda fixa seguem atraentes, mas entender como funciona a tributação e como aplicar com inteligência fiscal pode fazer toda a diferença no resultado final.

Um fato: o IR reduz (muito) seus lucros

Boa parte dos investimentos de renda fixa segue a tabela regressiva de imposto de renda, ou seja, quanto maior for o tempo que o valor ficar investido menor será a alíquota.

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A tabela funciona assim:

  • Até 180 dias: 22,5% de IR sobre o rendimento
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Acima de 720 dias: 15%

Vamos a um exemplo prático da vida de Pedro. Ele tem R$ 50 mil para investir e pretende aplicar em um CDB com rendimento de 110% do CDI, que terá vencimento em 180 dias. Pedro se interessou pelo produto por saber que o rendimento projetado é de R$ 2.928,75, contudo, não atentou que esse era o valor bruto. Após as deduções de 22,5% sobre os rendimentos, o valor líquido foi de R$ 2.268,78.

Guarde esses números, voltaremos ao exemplo mais adiante. Antes, vamos conhecer algumas opções que Pedro pode considerar caso deseje não perder parte do valor aplicado com deduções de imposto de renda.

Investimentos isentos de IR: rentabilidade garantida

O mercado de produtos isentos de IR vem crescendo. Em 2024, LCI e LCA movimentaram mais de R$ 290 bilhões, segundo dados da B3, enquanto as debêntures incentivadas (voltadas à infraestrutura do país) ganharam tração, somando cerca de R$ 46 bilhões em emissões.

Esses produtos são destaque entre os que não sofrem retenção de imposto de renda para pessoas físicas. Saiba mais sobre eles.

LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio)

  • Isentas de IR e protegidas pelo FGC (até R$ 250 mil por CPF/instituição).
  • Oferecem boa rentabilidade, especialmente em cenários de juros altos.

Debêntures incentivadas

  • Também isentas de IR, voltadas ao financiamento da infraestrutura do país.
  • Costumam oferecer rentabilidade superior à média da modalidade de renda fixa tradicional.

CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

  • Produtos mais sofisticados, também isentos de IR.
  • Exigem atenção à análise de crédito, pois não oferecem proteção do Fundo Garantidor de Crédito – órgão que assegura investimentos de até R$ 250 mil em caso de falência do banco emissor.

Como montar uma estratégia inteligente para pagar menos impostos

Mesmo que você também tenha aplicações tributáveis na carteira, é possível otimizar o impacto fiscal. Acompanhe algumas dicas que podem equilibrar o fluxo de rentabilidade do seu portfólio.

  • Priorize prazos mais longos: aplicações mantidas por mais de 720 dias têm apenas 15% de alíquota de IR.
  • Diversifique entre produtos isentos e produtos tributáveis: isso permite equilibrar risco e eficiência fiscal.
  • Considere o investimento em previdência privada (VGBL ou PGBL): dependendo do seu perfil, pode oferecer vantagens tributárias, inclusive na declaração de IR.
  • Evite resgates antecipados: sacar antes do vencimento pode não apenas reduzir a rentabilidade do investimento, mas elevar a alíquota de IR.

Vamos voltar ao exemplo de Pedro e seus R$ 50 mil disponíveis. Caso optasse por uma LCI com rentabilidade de 90% do CDI, o rendimento líquido seria mais interessante ao final da aplicação, pois ele teria R$ 2.396,25 ante os R$ 2.268,78 do CDB.

A lógica é simples: não basta olhar o rendimento bruto. O que importa é o que fica com você ao final da aplicação.

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Autor: E-Investidor

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