Dólar hoje sobe após Fed cortar juros nos Estado Unidos; decisão não foi unânime
O dólar hoje opera em alta, de olho nas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed). Às 16h06 desta quarta-feira (10), a moeda americana avança 0,73% a R$ 5,475, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,4906 e mínima a R$ 5,4195.
Nos Estados Unidos, o Fed cortou os juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano, conforme esperado. No cenário doméstico, projeta-se a manutenção da Selic em 15% ao ano.
Esta foi a terceira vez que o Fed reduziu os juros neste ano, após flexibilizar a política monetária em setembro e outubro. O presidente do banco central americano, Jerome Powell, fará uma coletiva de imprensa em breve, às 16h30, para comentar a decisão.
Publicidade
A medida não foi unânime. O diretor Stephen Miran votou para reduzir as taxas em 50 pontos base. Já Austan D. Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, e Jeffrey R. Schmid, presidente do Fed de Kansas, votaram para manter os juros estáveis.
IPCA de novembro vem dentro do esperado
No Brasil, o mercado ainda acompanha a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou novembro com alta de 0,18%, ante uma elevação de 0,09% em outubro. O resultado veio idêntico à mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo das projeções oscilava entre avanços de 0,16% e 0,26%.
O principal impacto de alta no índice veio do subitem passagem aérea, que subiu 11,9%, com peso de 0,07 ponto percentual. Outras influências foram a energia elétrica residencial, que avançou 1,27%, puxada por reajustes tarifários em algumas concessionárias, e hospedagem, no grupo Despesas Pessoais.
“No geral, foi um número sem novidades relevantes na composição, reforçando a continuidade do processo de desinflação gradual, mas com pontos de atenção, como o elevado patamar da inflação de serviços intensivos em mão de obra”, afirma Mariana Rodrigues, economista da SulAmérica Investimentos.
Já André Valério, economista sênior do Inter, avalia que o resultado de novembro confirma um quadro benigno para a inflação, com núcleos cedendo e mostrando maior acomodação. “Nesse contexto, aumentam as chances de o IPCA encerrar 2025 dentro da meta, e vemos condições favoráveis para que o Copom inicie o ciclo de cortes já na reunião de janeiro. Esperamos que a comunicação da decisão de hoje traga sinais nessa direção”, destaca.
Publicidade
Confira aqui em tempo real o dólar e as notícias sobre as principais moedas internacionais.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Beatriz Rocha