EUA impõem tarifas de até 150% sobre produtos marítimos e de construção naval da China; entenda
O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de tarifas de 100% a 150% sobre produtos chineses ligados aos setores marítimo, logístico e de construção naval. A ação busca “reduzir a dependência de fontes chinesas” e “fortalecer a segurança econômica e de cadeias de suprimentos” do país, segundo documento que será publicado amanhã no Federal Register, o diário oficial dos EUA.
De acordo com o texto, as novas tarifas à China entram em vigor em 9 de novembro e abrangem uma ampla gama de equipamentos usados em portos e transporte intermodal. Entre os produtos afetados estão guindastes ship-to-shore (STS), usados para descarregar contêineres de embarcações, e chassis intermodais e suas partes, como trailers e semirreboques empregados no transporte de cargas marítimas e ferroviárias.
A tarifa também se aplica a equipamentos “fabricados, montados ou contendo componentes de origem chinesa”, inclusive aqueles produzidos “por firmas controladas ou substancialmente influenciadas por nacionais chineses”.
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A medida altera ainda a forma de cobrança da taxa sobre navios estrangeiros transportadores de veículos, que passa a ser calculada com base em toneladas líquidas, em vez da antiga métrica por unidade de automóvel. O valor foi fixado em US$ 46 por tonelada, limitado a cinco cobranças por embarcação ao ano.
A regra vale para navios construídos fora dos EUA, enquanto embarcações do governo americano e as inscritas no Maritime Security Program ficarão isentas até abril de 2029.
O USTR justificou que a imposição de tarifas de 100% sobre guindastes e chassis intermodais da China tem por objetivo “aumentar a alavancagem dos EUA” e responder às “práticas e políticas investigadas” do país asiático.
A proposta também prevê tarifas adicionais — de até 150% — sobre outros equipamentos portuários, como pórticos de pneus de borracha, guindastes sobre trilhos, empilhadeiras automáticas, reachstackers, straddle carriers, tratores de terminal e top loaders.
O documento ainda abre uma consulta pública até 10 de novembro sobre possíveis ajustes nas tarifas. Além disso, guindastes STS contratados antes de 17 de abril de 2025 e entregues até 18 de abril de 2027 ficarão isentos da alíquota de 100%.
O USTR também revogou a possibilidade de suspender licenças de exportação de gás natural liquefeito (GNL), medida que, segundo o texto, busca evitar “disrupções de curto prazo” no setor energético.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo