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Fusão entre Anglo American e Teck cria empresa de US$ 50 bi e remodela a mineração mundial

A Anglo American e a Teck Resources, do Canadá, estão se unindo em uma firma de mais de US$ 50 bilhões, em um dos maiores negócios de mineração da última década.

O novo grupo, chamado Anglo Teck, terá sede no Canadá e escritórios em Londres e Joanesburgo. A firma passa a ocupar o quinto lugar na produção mundial de cobre.

O CEO da Anglo American, Duncan Wanblad, comandará a nova firma, enquanto o CEO da Teck, Jonathan Price, será o vice-presidente da nova companhia.

O negócio será feito por troca de ação: a Anglo pagará 1,3301 ação por ação da Teck. O prêmio é de 17% sobre o preço de fechamento das ações da mineradora canadense na segunda-feira (8), segundo cálculos da Bloomberg.

Com a conclusão da fusão, os acionistas da Anglo American e da Teck deterão, respectivamente, 62,4% e 37,6%6 da Anglo Teck.

Mas a Anglo American também pagará aos investidores um dividendo especial de US$ 4,5 bilhões (cerca de US$ 4,19 por ação ordinária).

As ações da Anglo subiram 9,2% com a notícia da fusão. O acordo dá à Anglo acesso ao cobiçado portfólio de minas de cobre da Teck, após um período em que ela própria foi alvo de aquisição e enfrentou pressão de seus acionistas.

“Se o negócio for bem-sucedido, será uma ótima jogada, pois ambas as firmas estão garantindo ativos de cobre de alta qualidade, que a indústria tem cobiçado”, disse Duncan Hay, analista de mineração da Panmure Liberum.

A Anglo Teck já nasce com um portfólio líder na produção de cobre, com seis ativos de classe mundial, além de negócios de minério de ferro e zinco.

Cobre de alta qualidade

A Anglo Teck informou que vai manter seus investimentos na produção de minério de ferro premium, zinco e nutrientes agrícolas.

A firma que surge vai ter um papel de destaque na mineração canadense, e também na África do Sul e no Reino Unido.

Além de ter presença global, a Anglo Teck deverá ser listada nas bolsas de valores de Londres (LSE), Joanesburgo (JSE), Toronto (TSX) e Nova York (NYSE). Os papeis serão lançados como Recibos de Depósitos Americanos, sujeitos à aprovação ou aceitação de cada bolsa.

Operação no Brasil

No Brasil, a nova firma deterá apenas a minério de ferro, com capacidade instalada de 26,5 milhões toneladas por ano, o que dá 6% da produção brasileira.

A Anglo American detinha no Brasil ativos de níquel, que foram alienados recentemente, segundo informações do mercado.

Aprovação de acionistas

A Anglo American garantiu o apoio da família Keevil, que controla a Teck por uma “supervotação” de ações Classe A. Antes da negociação, uma decisão anteior dos Keevil frustrou a tentativa da Glencore de comprar a firma em 2023.

Ainda assim, a fusão exige a aprovação de dois terços dos acionistas Classe B da Teck — dos quais o maior controlador é a China Investment — e o anúncio ainda pode estimular novas ofertas pela Teck ou pela Anglo American.

No comunicado que anunciou o acordo, as firmas informaram que a negociação inclui disposições que permitiriam que qualquer um dos lados considerasse propostas não solicitadas e que o acordo fosse rescindido em caso de uma proposta superior.

“Obter a aprovação dos Keevil é fundamental, considerando sua participação acionária”, disse Hay, da Panmure Liberum. “Mas os outros acionistas podem estar menos satisfeitos, dado o fraco desempenho recente das ações.”

A Teck, que havia caído cerca de 20% nas negociações em Toronto nos 12 meses até segunda-feira (8), tem um valor de mercado de cerca de US$ 17,2 bilhões. As ações subiam 16%, indo para US$ 40,65, às 7h20 em Nova York, no pré-mercado.

A Anglo disparou nas negociações em Londres nesta terça, elevando seu valor de mercado para 29,7 bilhões de libras (cerca de US$ 40 bilhões).

Ambas as firmas foram sondadas por mineradoras maiores nos últimos anos: a Anglo resistiu a uma proposta de US$ 49 bilhões do BHP no ano passado, enquanto a Glencore tentou, sem sucesso, comprar a Teck há dois anos.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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