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Oposição comanda audiência com ataques a Moraes em dia de julgamento do golpe

Oposição comanda audiência com ataques a Moraes em dia de julgamento do golpe

Durante o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), senadores bolsonaristas decidiram ouvir, no Congresso Nacional, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro. Na sessão, os parlamentares concentraram críticas a Moraes, com pedidos de impeachment do magistrado e até mesmo sua prisão.

A audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara foi presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em uma das falas, Tagliaferro afirmou que Moraes, enquanto ministro do STF, pediu que ele localizasse, no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informações sobre os manifestantes que invadiram as sedes dos Três Poderes. Ele também disse que Moraes ordenou que a Polícia Federal obtivesse imagens das câmeras que registraram os atos.

O ex-assessor mora na Itália e participou da sessão por videoconferência. Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 22 anos de prisão.

Além de Flávio Bolsonaro, participaram da audiência parlamentares da oposição como Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Marcos Rogério (PL-RO), Bia Kicis (PL-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE).

— Um marginal com as relações que ele (Moraes) tem vai encontrar esse rapaz (Tagliaferro) em qualquer lugar do mundo. Ou o Senado impeachma esse marginal, ou nós instalamos uma CPI (de abuso de autoridade), ou saímos daqui para procurar o Davi Alcolumbre (presidente do Senado, onde ele estiver) — declarou Magno Malta sobre Moraes.

Em outro momento, o deputado Marcelo Van Hatten (Novo) pediu a prisão do ministro:

— Tem que suspender o julgamento (do Bolsonaro no STF) e prender Alexandre de Moraes. É caso de prisão.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Tagliaferro agiu contra a legitimidade do processo eleitoral brasileiro e atuou para prejudicar as investigações de atos antidemocráticos.

O ex-assessor, “de maneira livre, consciente e voluntária, violou sigilo funcional ao revelar à imprensa e tornar públicos diálogos sobre assuntos sigilosos que manteve com servidores do STF e TSE na condição de Assessor-Chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE, bem como pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, escreveu a PGR.

A sessão, que já dura cerca de quatro horas, foi suspensa após as 15h e deve ser retomada em breve.

No STF, Bolsonaro e outros sete réus são julgados

Do outro lado da Esplanada dos Ministérios, a Suprema Corte julga Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe para impedir a vitória de Lula nas eleições de 2022. Durante o discurso, que aconteceu pela manhã, Moraes afirmou que “impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação” e que a impunidade pode incentivar outras tentativas de golpe.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Agência O Globo

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