Petróleo em alta impulsiona Bolsas globais e leva Petrobras (PETR3; PETR4) a liderar ganhos no Ibovespa

As bolsas internacionais avançam de forma moderada nesta quinta-feira (23), enquanto investidores avaliam o impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia ao setor petrolífero russo. A medida, somada à suspensão de compras de petróleo russo por estatais chinesas, sustenta a alta da commodity, que acumula ganhos próximos de 7% na semana. Esse movimento impulsiona ações do setor de energia em Nova York e Europa. Em paralelo, os rendimentos dos Treasuries sobem nos vértices médios e longos, o ouro retoma alta diante das tensões geopolíticas, e o índice dólar (DXY) permanece estável, repetindo a dinâmica da véspera.

No Brasil, o Ibovespa mantém viés positivo, apoiado pelo rali do petróleo e pela valorização do minério de ferro. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) lideram os ganhos, enquanto o dólar recua frente ao real, favorecido pelo diferencial de juros e expectativas de estímulos na China. Os juros futuros apresentam comportamento misto: leve baixa nos vencimentos curtos e alta nos longos, em meio à queda da moeda americana e à espera pelos dados do IPCA-15 e do CPI dos EUA, que podem calibrar apostas para a política monetária.

Por volta das 13h55, o Ibovespa subia 0,48%, aos 145.567 pontos, enquanto o dólar recuava 0,20%, cotado a R$ 5,39.

Entre as ações do Ibovespa, o destaque fica para as petroleiras, que avançam com a disparada do Brent e do WTI após sanções ocidentais à Rússia. Petrobras (PETR3; PETR4) sobe mais de 1%, acompanhada por Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3). No varejo, Casas Bahia (BHIA3) dispara após anunciar parceria estratégica com o Mercado Livre (MELI34), enquanto Magazine Luiza (MGLU3) recua diante da perspectiva de maior concorrência. Assaí (ASAI3) registra leve alta após prévia sinalizar redução de endividamento, e Raízen (RAIZ4) figura entre as maiores altas do índice com números operacionais positivos. Já o setor bancário opera misto, limitado pela alta dos juros longos, e siderúrgicas sobem com dados robustos de vendas internas.