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Quem é a Banvox, investigada na Carbono Oculto e que já teve 20% do Banco Master

Uma megaoperação da Polícia Federal ocupou a Faria Lima, coração monetário de São Paulo, para fazer buscas e apreensões em gestoras e fintechs no âmbito da Operação Carbono Oculto. Segundo a investigação, deflagrada na última semana, organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) usavam instituições financeiras para lavar dinheiro e fazer ocultação de patrimônio ilegal. O E-Investidor obteve acesso à lista dos envolvidos.

Um deles é a Banvox Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM). Fundada em 1984, a firma ganhou autorização da CVM para administrar carteiras de investimento em 1991, mas foi só em 2016 que o foco da companhia passou a ser na administração e custódia de fundos próprios.

O crescimento expressivo, no entanto, é ainda mais recente. O patrimônio líquido administrado cresceu quase seis vezes entre 2021 e 2024. Segundos dados disponíveis no site da firma, em dezembro de 2021, a Banvox administrava R$ 10 bilhões. Em julho de 2024, último número divulgado, o montante era de R$ 67,3 bilhões. No mesmo período, o número de fundos subiu de 345 para 408.

A Banvox DTVM também administra pelo menos um fundo que está na mira da Carbono Oculto por suposta ligação com crime organizado: o fundo imobiliário Los Angeles 1, atual “Lucerna”. O produto teria fluxos monetários com a instituição de pagamentos BK Bank, a firma utilizada pelo grupo criminoso para remessa e recebimento de recursos, segundo os promotores. A Banvox alega que, por orientação da sua área de compliance, já havia renunciado à administração do fundo antes de ser deflagrada a operação da PF e que não tem qualquer relação pessoal com os cotistas do fundo investigado.

A Banvox e o Master

Em julho de 2020, a Banvox DTVM abriu uma holding com Maurício Quadrado (ex-sócio do Banco Master) e Daniel Vorcaro (atual presidente do Master) como diretores.

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O E-Investidor apurou que a Banvox Holding — também citada na investigação — detinha 22% do capital do Master até meados do ano passado. Na ocasião, transferiu essa participação para a DV Holding, sociedade que também tem Vorcaro entre os sócios. A operação envolveu ainda um adiantamento de R$ 360 milhões ao executivo para “futuras aquisições de ações do Master”.

Vorcaro foi destituído da diretoria da holding em setembro, sendo substituído por Figueiredo. Atualmente, Figueiredo e Marcelo Quadrado são os principais acionistas da Banvox Holding. Procurados, eles não comentaram.

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Autor: Jenne Andrade

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