Apesar das exportações do Brasil para os Estados Unidos terem recuado 18,5% em agosto de 2025, após a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, a XP avalia que ainda não há sinais claros de impacto tarifário na WEG (WEGE3). As exportações nos segmentos de EEI (Eficiência Energética e Automação Industrial) e GTD (Geração, Transmissão e Distribuição), áreas de atuação da companhia, cresceram 23% em dólares na comparação anual.
Segundo a SECEX, o grupo de produtos eletroeletrônicos (como motores industriais e alguns itens ligados à automação) registrou crescimento de 29% nas exportações em agosto de 2025, em dólares, com comparação mais favorável em relação ao ano passado.
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O grupo de produtos GTD apresentou queda de 9% nas exportações em dólares, mas alta de 70% mês a mês.
As importações de painéis solares permaneceram em níveis baixos em agosto de 2025, com baixa de 68% na base anual, com volumes e preços estabilizados em patamar inferior.
Com isso, a corretora projeta que potenciais efeitos podem se materializar em um horizonte mais longo, com o risco de desaceleração de pedidos, especialmente para produtos de ciclo longo, podendo pressionar o desempenho do segmento EEI no final do ano.
Em relação ao GTD, a XP destaca um desempenho volátil mês a mês, possivelmente ligado à concentração de entregas de produtos de maior valor agregado, mas que ainda assim mantém uma tendência positiva, com alta de 9% em agosto de 2025.
No caso de Embraer (EMBR3), a XP prevê três exportações de aeronaves em agosto de 2025, segundo dados da Secex, contra dez em julho de 2025 e seis em agosto de 2024. O banco observa preços unitários mais altos em relação tanto ao ano anterior quanto ao mês anterior.
Na avaliação da XP, as exportações do terceiro trimestre de 2025 até agora (13 aeronaves) estão em linha com a sazonalidade da Embraer e com o desempenho do ano passado, quando foram exportadas dez aeronaves no período de julho a agosto de 2024.
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Autor: Felipe Moreira
