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Como aumentar sua Educação e seu QI Financeiro?

Quando penso em meus dias de escola, lembro-me de ter aprendido sobre muitas coisas diferentes. Ainda na escola primária, aprendi as classes gramaticais, as capitais dos estados e como multiplicar frações. Quando mudei para o ensino médio, estudei matérias mais sofisticadas, como trigonometria e peças de Shakespeare.

Mas há uma lição que minha escola nunca me ensinou: como lidar com dinheiro.

Acontece que estou longe de estar sozinho nisso. Em uma pesquisa de 2016, quando o Bank of America perguntou a jovens de 18 a 26 anos nos Estados Unidos o que eles gostariam de ter aprendido mais na escola, todas as principais respostas estavam relacionadas a finanças pessoais. E aqui no Brasil, acredito que as respostas seriam muito parecidas! Vejamos. Mais de 40% dos alunos gostariam de aprender mais sobre como investir, 40% gostariam de ter aprendido como fazer seus impostos e 26% gostariam de ter aprendido como lidar com as contas mensais. Menos de um em cada três entrevistados disse que seu ensino médio tinha feito um trabalho satisfatório de ensinar-lhes bons hábitos financeiros.

Como mostra esta pesquisa, a educação financeira – a capacidade de entender dinheiro e finanças – é um assunto que interessa aos jovens (e aos jovens a mais tempo também). Infelizmente, muitos de nós não estão aprendendo o suficiente sobre isso. Essa falta de educação financeira faz com que muitos de nós vivamos de salário em salário, incapazes de economizar para a aposentadoria, comprar casas ou até mesmo pagar por despesas inesperadas, como conserto de automóveis ou tratamentos médicos.

O que significa Educação Financeira

Ser educado financeiramente, que os americanos também chamam de alfabetizados financeiramente, significa ter uma compreensão básica de questões relacionadas a dinheiro e finanças, especialmente suas próprias finanças pessoais. Quem é alfabetizado financeiramente:

  • Paga todas as contas de sua casa
  • Cria um orçamento familiar e segue o plano
  • Abre uma conta bancária e controla seu saldo para evitar taxas de cheque especial
  • Descobre quanto está pagando por um cartão de crédito ou outro empréstimo
  • Verifica sua pontuação de crédito e toma medidas para melhorá-la
  • Apresenta uma declaração de imposto de renda sólida
  • Investi em um plano de aposentadoria, incluindo a escolha dos investimentos certos
  • Cria uma conta para economizar para a faculdade dos filhos ou para a realização de outros sonhos de curto e médio prazo
  • Calcula seu patrimônio líquido
  • Adquiri um empréstimo hipotecário
  • Identifica um golpe financeiro
  • Protege suas informações pessoais contra roubo de identidade

Infelizmente, muitos não conseguem atender a esse padrão. Uma pesquisa nos Estados Unidos de 2018 do TIAA Institute descobriu que a maioria dos americanos “não tem o conhecimento necessário para tomar decisões financeiras de rotina”. Em um teste de conceitos financeiros básicos em oito áreas – ganhar, consumir, economizar, investir, pedir emprestado, segurar, entender o risco e encontrar informações financeiras – o adulto americano médio foi capaz de responder corretamente apenas metade das perguntas. Vamos considerar a mesma taxa aqui para o Brasil, ok!?

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Por que a Educação Financeira é importante

O dinheiro afeta sua vida todos os dias. Você lida com isso toda vez que vai às compras, vai ao banco ou paga uma conta. Frequentemente, você lida com dinheiro de maneiras que nem percebe, como ter seu pagamento diretamente depositado no banco de sua preferência ou sua contribuição previdenciária retirada automaticamente de seu salário.

Seu QI Financeiro afeta cada decisão que você toma sobre dinheiro: como você ganha, gasta, economiza e investe. Ele ajuda você a fazer face às despesas diárias, escolher o cartão de crédito certo, economizar para a faculdade dos filhos, escolher investimentos e planejar a aposentadoria. Suas chances de atingir praticamente qualquer objetivo financeiro, desde livrar-se das dívidas até comprar uma casa, dependem de quão educado ou alfabetizado você é financeiramente.

A crescente importância da educação financeira

Hoje em dia, a educação financeira é mais importante do que nunca – não porque o dinheiro importe mais do que antes, mas porque lidar com ele se tornou mais complicado. Diversas tendências no mundo moderno tornam mais necessário do que nunca entender seu dinheiro e como ele funciona.

1. A mudança para o planejamento individual de aposentadoria

Cinquenta anos atrás, a maioria dos trabalhadores não precisava se preocupar com a forma como se comportaria durante a aposentadoria. Eles podiam contar com os Benefícios da Previdência Social. Hoje os benefícios são cada vez menores, cada vez é mais difícil conseguir se aposentar e não vou entrar no mérito aqui de que a probabilidade do INSS quebrar daqui uns 30~40 anos é muito real.

Isso significa que a maioria dos trabalhadores precisa financiar sua própria aposentadoria por meio de planos de previdência privada e investimentos inteligentes de longo prazo.

Tornou-se sua responsabilidade descobrir quanto você precisará para se aposentar, reservar dinheiro em um fundo e investi-lo com sabedoria para que ele cresça. E como as pessoas também estão vivendo mais do que antes, você terá mais anos de aposentadoria para financiar do que no passado.

2. Aumento de opções

À medida que as pessoas precisam fazer mais escolhas sobre seu futuro financeiro, o número de produtos financeiros entre os quais podemos escolher cresceu dramaticamente. Se você está procurando um lugar para guardar suas economias, você não vai automaticamente ao banco da esquina; você pode selecionar entre vários tipos de bancos, incluindo bancos multinacionais, corretoras nacionais e estrangeiras, bancos de investimento, bancos digitais e cooperativas de crédito.

É o mesmo com praticamente qualquer produto financeiro que você possa citar. Existem centenas de cartões de crédito diferentes, vários tipos de hipotecas, uma variedade de planos de aposentadoria e inúmeras opções de investimento. Mesmo que você queira parar de se preocupar com isso e entregar suas finanças a um profissional, você deve decidir que tipo de profissional financeiro precisa e qual é a pessoa certa para cuidar do seu dinheiro.

3. Mais informações

Se você tem mais decisões financeiras a tomar atualmente, pelo menos há muitas informações disponíveis para ajudá-lo. Você pode pegar o jornal pela manhã ou ligar o rádio para ouvir tudo sobre os últimos altos e baixos do mercado, se as taxas de juros devem subir ou cair e como as mudanças na política governamental podem afetar a economia ou determinados setores dela . E se você quiser mais detalhes, existem inúmeras fontes de consultoria financeira para consultar: livros, boletins informativos, podcasts, sites, comentaristas de TV e até vídeos do YouTube.

Mas ter todas essas informações não torna suas escolhas financeiras mais fáceis. Na verdade, isso os torna muito mais complicados. Para começar, existem tantas fontes de informação por aí que você não consegue prestar atenção a todas elas, então você tem que decidir quais são as mais importantes e confiáveis.

É preciso separar o joio do trigo, pois têm muita gente séria falando sobre finanças, mas também tem muito picareta, uma dica simples é seguir profissionais certificados e não “influencers” por causa da quantidade de seguidores.

Mesmo depois de saber em quais fontes se concentrar, o grande volume de fatos que eles lançam sobre você ainda é uma grande quantidade para assimilar. Uma decisão simples, como escolher um fundo para o seu plano de aposentadoria pode se tornar extremamente complexa conforme você tenta analisar tudo que você ouviu e leu sobre a economia. Há tantos fatores a serem considerados que isso poderia se tornar um trabalho de tempo integral apenas tentando entender todos eles.

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Problemas causados pelo analfabetismo financeiro

À medida que as questões financeiras se tornam mais complicadas, o número de pessoas que as entendem bem diminuiu. Nos Estados Unidos (eles são os reis dos estudos) num Estudo de Capacidade Financeira Nacional de 2018 conduzido pela Fundação FINRA, apenas 34% dos entrevistados conseguiram responder com sucesso a pelo menos quatro das cinco perguntas sobre conceitos financeiros básicos. Isso representa uma queda de 37% dos entrevistados em 2015, 39% em 2012 e 42% em 2009. Novamente, vamos considerar para fins literários que nossos números são iguais, ok!?

Essa falta de inteligência financeira pode custar muito caro para as pessoas. Em uma pesquisa de 2019 com 1.500 adultos conduzido pelo Conselho Nacional de Educadores Financeiros (novamente lá nos Estados Unidos), os entrevistados estimaram que haviam perdido uma média de US $ 1.230 no ano passado porque não entendiam bem as finanças pessoais. Quase um em cada cinco disse que sua falta de conhecimento lhes custou US $ 2.500 ou mais.

Existem vários problemas específicos ligados a esta falta de educação financeira:

1. Dívida Crescente

As estimativas do Governo Federal mostram um constante aumento no endividamento do brasileiro e não é difícil encontrar números indicando que as pessoas gastaram mais do que sua renda no ano passado, sem contar as compras importantes, como uma casa ou um carro. Estima-se que mais de dois em cada cinco brasileiros tenham contas vencidas.

2. Dívida cara

As pessoas não estão apenas pedindo mais dinheiro emprestado do que nunca; eles estão pegando emprestado de maneiras particularmente caras. Temos visto também nos últimos anos um aumento de empréstimos por meio de alguma forma não bancária, como um empréstimo consignado de imóveis ou de automóveis ou empréstimos com cartão de crédito. Falando em cartão de crédito, tem sido muito comum ver pessoas dizendo terem pago apenas o mínimo no cartão de crédito pelo menos uma vez ao ano.

Uma coisa boa da nossa legislação, é que nos casos de empréstimo consignado de móveis e automóveis, existe um percentual máximo que a pessoa pode pegar de empréstimo, diferentemente dos EUA onde a pessoa consegue refinanciar até 100% do valor do imóvel ou do automóvel e nesses casos, em função dos juros cobrados pelas instituições, a pessoa fica devendo mais do que o valor do bem penhorado.

3. Falta de um Fundo de Emergência

Mais da metade de meus clientes e das pessoas com quem eu converso não têm um fundo de emergência capaz de cobrir todas as suas contas por três meses ou mais. Isso significa que as pessoas não conseguem viver por algum tempo sem pedir dinheiro emprestado ou vender algo.

Dica profissional: se você não tem um fundo de emergência investido, comece hoje. No mínimo abra uma conta em algum banco que pague 100% do CDI e comece a depositar valores lá. Você ganhará uma paz interior sabendo que poderá viver algum tempo sem depender do salário e também que poderá arcar com uma despesa inesperada se ela surgir.

4. Falta de um Plano para Aposentadoria

Já falamos isso anteriormente, mas não custa repetir, você não pode contar com a sorte ou com o Governo para garantir a sua aposentadoria, em especial se você espera manter um mínimo da qualidade de vida que possuí hoje. Estimo que um em cada quatro pessoas não tenham nenhuma poupança para a aposentadoria além do INSS.

Como avaliar sua educação financeira

Talvez você esteja lendo isso e pensando: “Bem, talvez o brasileiro médio tenha problemas para entender finanças, mas eu não.” E talvez você esteja certo sobre isso – ou talvez não. Em um estudo da FINRA, lá nos Estados Unidos, 71% dos entrevistados deram a si próprios avaliações altas – pelo menos cinco pontos em sete – para QI financeiro, mas apenas 34% deles conseguiram responder a quatro de cinco perguntas relativamente simples sobre gestão de dinheiro. É normal dos seres humanos, seja aqui, nos Estados Unidos, no Japão ou na Índia acharem que são melhores ou que sabem mais do que é a realidade. Cuidado com a autossabotagem.

Portanto, se suas próprias impressões não são uma maneira confiável de avaliar sua educação financeira, o que é? Há duas coisas a serem observadas: seus hábitos financeiros e seu conhecimento dos conceitos financeiros básicos.

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Seus hábitos financeiros

A educação financeira é essencial para todos os aspectos de sua vida financeira. Sem ela, você terá problemas para cumprir um orçamento, investir dinheiro ou até mesmo pagar todas as suas contas. Portanto, se você está fazendo um bom trabalho com todas essas coisas, seu QI financeiro provavelmente é bastante sólido.

Aqui estão alguns bons hábitos que acompanham uma boa educação financeira.

1. Você tem um orçamento (e cumpre)

Ter um orçamento familiar é a maneira mais confiável de manter seus gastos abaixo de sua renda e reservar dinheiro para investimentos a cada mês. No entanto, apenas fazer um orçamento com um Planejador Financeiro ou outro profissional da área, não é suficiente para mantê-lo no caminho certo; você realmente tem que segui-lo. Ter uma rotina de acompanhamento do orçamento é essencial e isso seu Planejador Financeiro pode e deve fazer, mas a sua agenda, seja ela eletrônica ou ainda de papel, podem ajudar, basta você anotar as datas em que fará uma análise de como estão os gastos em relação ao orçamento e essa verificação tem que ocorrer, no mínimo a cada 15 dias.

Se você tiver problemas para cumprir um orçamento, talvez o problema seja que a forma tradicional de fazer um, com limites rígidos para gastos em diferentes categorias, não funciona bem para você. Você pode ficar melhor com uma alternativa de orçamento que seja mais flexível, como reservar uma certa quantia para economizar a cada mês e fazer o que quiser com o resto. É o famoso pague-se primeiro e gaste depois, mas não vale trapacear ao se pagar, você tem que enxergar sua conta de investimentos como um boleto qualquer, como aquela obrigação de pagar a água, energia elétrica, condomínio, escola das crianças etc….

2. Você está livre de dívidas

A dívida é um problema que se auto-alimenta. Quando uma grande parte de sua renda a cada mês vai para pagar juros de suas dívidas, fica mais difícil viver com o que sobrou, forçando você a pedir mais empréstimos para sobreviver. Por outro lado, ficar livre de dívidas torna mais fácil economizar para a faculdade dos filhos, aquela viagem dos sonhos, aposentadoria e outras metas financeiras de médio e longo prazo.

No entanto, os especialistas financeiros geralmente concordam que há dívidas boas e dívidas ruins. Pedir dinheiro emprestado (é, financiamento é só uma forma bonita de dizer pegar dinheiro emprestado) para comprar uma casa ou pagar uma educação universitária pode torná-lo financeiramente melhor a longo prazo, ao passo que pedir dinheiro emprestado para pagar um casamento ou férias não. Pagar uma hipoteca ou empréstimos estudantis pode ser útil, e ter esse tipo de dívida não é necessariamente um sinal de analfabetismo financeiro.

3. Você está bem seguro

O seguro é uma necessidade, não um luxo. É a única maneira de proteger seus ativos financeiros – sua casa, carro e até mesmo investimentos – contra um desastre que pode eliminá-los.

Um tipo de seguro de que todo mundo precisa é o seguro de saúde, que pode evitar que altos custos médicos acabem com todas as suas economias em caso de doença grave ou acidente. Além disso, existem vários outros tipos de seguro de que você pode precisar, dependendo das suas circunstâncias:

Seguro automóvel. Se você possui um carro, é importante ter no mínimo um seguro com cobertura de colisão, que pague pelos danos causados ao carro de terceiros em um acidente que você causou (imagina bater numa Porshe!), e se possível, uma cobertura abrangente, que o protege contra roubo ou furto e que pague também pelos danos sofridos no seu automóvel.

Seguro Imobiliário. Qualquer pessoa que tenha uma casa precisa de um seguro residencial. Ele cobre seus custos se sua casa sofrer danos em um desastre natural, além de protegê-lo de responsabilidades por acidentes em sua propriedade. A maioria das apólices também cobre roubo e outros danos à propriedade pessoal. Assim como com o seguro de automóveis, é importante fazer cotações em seguradoras diferentes a cada dois anos para ter certeza de que está obtendo as taxas mais baixas. Se você possui imóveis para alugar, precisa exigir um seguro do locatário para protegê-lo contra roubo e danos aos seus pertences, além de ficar garantido quanto a inadimplência.

Seguro de vida. O objetivo de uma apólice de seguro de vida não é protegê-lo pessoalmente; é para proteger sua família de perdas financeiras se você morrer. Ele cobrirá suas despesas com o funeral e ajudará a compensar a perda de sua renda, dando aos seus familiares tempo para se recuperarem financeiramente.

Seguro de Responsabilidade Civil. Modalidade pouco difundida no Brasil, mas muito importante para autônomos, profissionais liberais e pequenos empresários. Esse seguro se destina a proteger seus bens caso você seja processado. É para isso que serve o seguro de responsabilidade civil. Ele protege seu patrimônio em caso de qualquer ação judicial, não importa o tipo.

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4. Você tem um fundo de emergência

Ter um fundo de emergência pode significar a diferença entre resistir a um desastre financeiro e ficar endividado. Se você quebrar um dente, seu carro quebrar ou seu forno parar de funcionar, você pode usar esse dinheiro para cobrir as despesas, em vez de recorrer a cartões de crédito. Ele pode até mesmo ajudá-lo a passar por um período de desemprego.

Idealmente, você deve ter de três a seis meses de despesas de subsistência guardadas em investimentos seguros. No entanto, mesmo um pequeno fundo de emergência de R$ 5.000 ou mais o ajudará a superar uma pequena crise sem pedir um empréstimo.

5. Suas economias para a aposentadoria estão no caminho certo

Um teste final de alfabetização financeira é ter o suficiente guardado para a aposentadoria. Isso não significa que você precisa ter o suficiente economizado para se aposentar agora, apenas que você está no caminho certo para ter o suficiente quando chegar à idade de aposentadoria. De acordo com a maioria da literatura de Finanças Pessoais e de especialistas em aposentadoria, você deve ter no mínimo 15 anos de salário economizado aos 70 anos para poder se aposentar. Mas como estamos vivendo cada vez mais, esse mínimo pode estar “mínimo” demais na minha opinião.

Independente da questão da longevidade, se você está cumprindo esse mínimo, é um bom sinal de que você é alfabetizado financeiramente.

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Seu Conhecimento Financeiro

Gerenciar bem suas finanças pessoais é a melhor maneira de mostrar que você é alfabetizado financeiramente, mas não é a única maneira. Vamos olhar alguns números do país das pesquisas….tanto a TIAA quanto a FINRA testaram a educação financeira dos americanos, fazendo-lhes perguntas sobre uma variedade de conceitos financeiros. Apenas 34% dos entrevistados FINRA e 16% dos entrevistados TIAA conseguiram responder 80% das questões corretamente. E em um teste de 2014 da Standard and Poor’s, apenas 57% dos americanos conseguiram responder corretamente a cinco perguntas sobre quatro conceitos financeiros básicos. Queria muito ver um estudo desses aqui no Brasil!

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Enquanto não temos um estudo aprofundado e amplo. Aqui está uma amostra das perguntas feitas nesses testes. Quantas delas você consegue responder?

Pergunta 1: Juros compostos

Suponha que você tenha $ 100 em uma conta de poupança com juros de 2% ao ano. Supondo que você deixe o dinheiro na conta, sem fazer depósitos ou retiradas, você sabe quanto dinheiro terá na conta ao final de cinco anos? Para tornar isso mais fácil, vamos fazer de múltipla escolha:

a) você terá mais de $ 102

b) menos de $ 102

c) exatamente $ 102

A resposta correta é “mais de $ 102”. Seus $ 100 renderão 2% de juros, ou $ 2, no primeiro ano – então, depois de apenas um ano, você terá $ 102 na conta. Você receberá 2% de juros sobre os $ 102 no segundo ano e continuará ganhando 2% sobre o seu novo saldo ligeiramente maior a cada ano depois disso. Ao final de cinco anos, você terá um pouco mais de $ 110.

Questão 2: inflação

Suponha que, embora você esteja ganhando 2% a cada ano em sua conta poupança, a taxa de inflação seja de 3%. Ao final de cinco anos:

a) o dinheiro em sua conta comprará mais do que compraria hoje

b) menos do que compraria hoje

c) exatamente a mesma quantia?

A resposta é que, ao final de cinco anos, o dinheiro em sua conta comprará menos do que pode comprar hoje. Embora você esteja adicionando dinheiro à conta todos os anos, o custo dos bens e serviços está crescendo mais rápido do que suas economias. Portanto, embora o saldo em sua conta esteja crescendo, seu poder de compra real está diminuindo.

Dica profissional: isso ocorre há anos aqui no Brasil com o dinheiro depositado nas Cadernetas de Poupança

Pergunta 3: Diversificação

Digamos que você decida tirar seus $ 100 do banco e aplicá-los em alguns outros investimentos para poder ganhar mais dinheiro. O que é mais seguro: investir seus $ 100 nas ações de uma única empresa ou colocá-los em um fundo de índice que cubra uma grande fatia do mercado de ações?

A resposta é que o fundo de índice é um investimento mais seguro. Se você colocar todo o seu dinheiro nas ações de apenas uma empresa, e essa empresa falir, você perderá tudo. Um fundo de índice, por outro lado, tem diversificação embutida, espalhando seu dinheiro por ações de várias empresas. Mesmo se uma dessas empresas falir, você perderá apenas uma pequena parte do seu investimento.

Questão 4: Empréstimo

Você está se preparando para comprar sua primeira casa. Você pode escolher entre dois empréstimos hipotecários: um financiamento de 30 anos com taxa fixa com juros de 6% ou um financiamento de 15 anos com a mesma taxa. Qual deles vai custar mais em juros no geral?

A resposta é que o financiamento de 15 anos vai custar menos no geral porque você vai pagar mais rápido. Ambos os empréstimos custam 6% ao ano sobre o saldo devedor – ou seja, o valor que você ainda tem para pagar – não o valor que você emprestou inicialmente. Com um empréstimo de 15 anos, você vai pagar seu saldo mais rápido, então você vai acabar pagando menos da metade dos juros totais do que pagaria com um empréstimo de 30 anos. A desvantagem é que cada pagamento mensal do empréstimo de 15 anos será maior porque você terá que pagar uma parte maior do principal a cada vez.

Como melhorar sua educação financeira

Se você respondeu todas as perguntas acima corretamente, parabéns; você é mais alfabetizado financeiramente do que o americano médio e do que o brasileiro médio também. Provavelmente, suas finanças pessoais também estão em uma situação melhor do que a média. Sua inteligência financeira está ajudando você a viver de acordo com suas possibilidades, administrar dívidas e economizar para a aposentadoria.

No entanto, se você teve problemas com algumas das perguntas – ou se você está lutando com alguns de seus objetivos financeiros – então provavelmente você poderia aprender um pouco mais sobre dinheiro. E mesmo que seu QI financeiro já seja muito alto, nunca é demais saber mais.

Felizmente, existem muitas maneiras de aumentar sua educação financeira, incluindo:

1. Artigos online

Existem vários sites no Brasil com informações sobre uma ampla variedade de tópicos financeiros. Você pode aprender como “consertar um orçamento quebrado”, aumentar suas economias, reconstruir o crédito abalado, pagar dívidas de cartão de crédito e escolher investimentos, se tiver paciência e dedicação para pesquisar e estudar on line.

2. Livros

A sessão de Finanças Pessoais das livrarias possuem uma variedade enorme de livros ensinando os mais diversos tópicos, p.ex. como sair de dívidas; investir; comprar uma casa; independência financeira ou qualquer outro tópico financeiro de seu interesse.

3. Áudio / Podcast

Vários programas de rádio e podcasts tratam de questões financeiras.

4. Vídeo

Se você preferir infoentretenimento visual, pode escolher entre uma ampla variedade de programas de TV e vídeos do YouTube sobre investimentos e finanças pessoais.

5. Cursos

Se você gostaria de aprender sobre qualquer tópico financeiro com mais profundidade, considere fazer um curso. Muitas faculdades oferecem cursos que você pode fazer online por uma taxa modesta ou até mesmo grátis. Você também pode encontrar cursos sobre finanças online em sites como Udemy e Coursera (maioria em inglês).

6. Profissionais de Finanças

Finalmente, se você realmente deseja controlar suas finanças pessoais, converse com um profissional da área financeira. Um Planejador Financeiro pode ajudá-lo a obter uma melhor compreensão da sua situação financeira como um todo, mas um contador pode oferecer consultoria financeira sobre seus impostos, um consultor de investimentos pode ajudá-lo a escolher os investimentos. Sendo que o ideal é contar com o auxílio dos três.

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Dica profissional: se você considerou a contratação de um Planejador Financeiro para orientá-lo nessas escolhas importantes, agende um horário sem compromisso para conversarmos.

7. Bônus

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Ampliando

Melhorar sua educação financeira não ajuda apenas você. À medida que aprende mais sobre dinheiro, você pode usar o que aprendeu para ensinar seus filhos – ou qualquer criança que faça parte de sua vida, como sobrinhas e sobrinhos, alunos, vizinhos e amigos.

Ao passar seu conhecimento financeiro para eles, você pode ajudar a próxima geração a se preparar melhor para lidar com o dinheiro. Assim como crescer com a Internet e smartphones tornou as crianças de hoje mais entendidas em tecnologia do que seus pais, crescer sabendo mais sobre dinheiro – como noções básicas de orçamento, os perigos da dívida e o poder dos juros compostos – irá torná-los mais prontos para navegar no mundo complicado das finanças modernas. Com sorte, quando chegarem à idade adulta, não cometerão os mesmos erros que muitos cometem hoje.

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Marcus Pastori

Founder MoneyU | CEO Dinheiro Portal | Organizo e Transformo a Vida Financeira das pessoas | Speaker

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